“É surpreendente, mas isso mostra que o público é fiel, como foi na TV. Aliás, não são só os evangélicos que demonstram interesse pela história. Tenho visto ateus e judeus à procura de entradas”, comenta o diretor, Alexandre Avancini. “Na TV, a faixa de evangélicos representava 23% do público apenas.”
Mas é fato que o marketing em relação ao filme é feroz - especialmente nos cultos da Universal, em que é mencionado diariamente pelos pastores. Eles incentivam os fiéis a comprar entradas. A igreja é liderada pelo bispo Edir Macedo, dono da Record. A emissora tem produzido reportagens, e celebridades aparecem na internet chamando espectadores. “Nem precisaria de incentivo. A trama já é consolidada”, diz Sérgio Marone, o faraó Ramsés.
Apesar de ser uma compilação dos 176 capítulos da novela, o filme “Os Dez Mandamentos” terá cenas inéditas, que não foram vistas por quem acompanhou a trama da Record.
Na história, Moisés sobe ao Monte Sinai para pegar com Deus -figura personificada por uma chama de fogo- as tábuas com os dez mandamentos, a fim de que possa entregá-las ao povo hebreu.
Porém, antes que isso ocorra, toda a história, desde o nascimento de Moisés, será relembrada, em uma espécie de flashback. Outra novidade será a inclusão de um locutor, que permeará todo o enredo. Ele será Deus e terá a voz do ator César William.
“Outra cena inédita é quando Josué [Sidney Sampaio] aparece conversando com os generais sobre a história de Moisés. Ele se prepara para invadir a Terra Prometida, já com um gancho para a outra novela da Record”, adianta o diretor, Alexandre Avancini, sobre a trama que chega em junho.
“O longa foi remasterizado da TV para caber em duas horas, e trará também muitos efeitos especiais.”
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