O brasileiro que quiser assistir a “Os Oito Odiados” na telona terá só meia experiência cinematográfica. É que não há mais no país cinema que possa projetar cópias em 70 mm, formato usado por Tarantino para rodar seu filme.
Por aqui, a produção será exibida só em formato digital, cujas dimensões de projeção são praticamente a metade das dimensões de uma em película 70 mm (a mais larga existente e de qualidade superior).
A opção de Tarantino tem a ver com seu próprio estilo cinéfilo: o tal formato 70 mm, hoje raro no mundo todo, foi muito usado em superproduções dos anos 1950 e 1960, caso de “Ben-Hur” (1959) e de “Lawrence da Arábia” (1962). A projeção mais alargada na tela dos cinemas, propiciada pelo 70 mm, incrementa o aspecto épico dos filmes. Mas o sistema ficou obsoleto: a película em 35 mm, de dimensões menores, era mais flexível.
O advento do digital, nos últimos anos, substituiu em grande parte o uso da película, mas manteve a projeção em dimensões bastante semelhantes às do 35 mm.
Nos EUA, o filme foi projetado em 96 salas quando estreou em dezembro, obrigando exibidores americanos a correr atrás de equipamentos antigos.
Em janeiro, com a ampliação do número de salas, a maioria dos cinemas americanos passou a projetar a versão digital – sistema de 97% das cerca de 40 mil salas do país. No Brasil, 86% das 3 mil salas têm projeção digital.
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