Sean Parker, 36 anos, já deixou sua marca na indústria do entretenimento quando inventou o Napster, serviço de compartilhamento de arquivos que fomentou a pirataria musical, no começo dos anos 2000. Agora, quer estar à frente de uma nova revolução.
Segundo a revista americana “Variety”, o bilionário bate nas portas dos grandes estúdios hollywoodianos com seu novo projeto, Screening Room. A iniciativa é um serviço de filmes caseiros que disponibilizaria os lançamentos no mesmo dia da estreia nos cinemas.
O conforto não sairia barato: por US$ 150 (cerca de R$ 555), o consumidor compraria o console necessário. Ele ainda teria de pagar mais US$ 50 (R$ 185)por cada filme a ser assistido, podendo vê-lo quantas vezes quisesse dentro de um período de 48 horas. O custo médio de uma ingresso na maior rede de cinemas dos Estados Unidos é US$ 10 (R$ 37).
A ideia, é claro, enfrenta a resistência dos executivos de distribuição e exibição.
Isso porque ameaça tanto o faturamento das redes de cinema quanto a propriedade do conteúdo em uma era em que sites como o “Pirate Bay” facilitam o compartilhamento ilegal. O histórico de Parker com a indústria fonográfica também não ajuda.
“Essa notícia é tão prejudicial que nem consigo expressar minha infelicidade”, disse uma fonte do site especializado “Deadline”. “Seria o início do fim. Metade dos cinemas dos Estados Unidos fechariam.”
Para aplacar as críticas, Parker propôs compensar os exibidores em US$ 20 para cada US$ 50 gastos no serviço, além de dois ingressos para o filme escolhido, de modo a incentivar a ida ao cinema e gastos colaterais.
O Screening Room ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento, informa a “Variety”. Apesar das ressalvas da indústria, já há quem se interesse: a AMC Theatres, que se tornará a maior rede exibidora do mundo se sua aquisição da Carmike Cinemas for aprovada pelas autoridades reguladoras, já negocia.
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