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“O Que Nos Olha”, de Ana Johann, faz sua estreia nacional em Tiradentes | Rosano Mauro Jr/Divulgação
“O Que Nos Olha”, de Ana Johann, faz sua estreia nacional em Tiradentes| Foto: Rosano Mauro Jr/Divulgação

A partir da próxima sexta-feira (20), todas as atenções do cinema independente no Brasil se voltam para a cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais. Será aberta a 20ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que todos os anos apresenta um grande panorama do que há de novo na produção nacional. Nesta edição, que segue até o dia 28, serão exibidos mais de 100 filmes. O Paraná estará representado com quatro títulos, três curtas-metragens e um longa.

O longa-metragem é “O Que Nos Olha”, da diretora Ana Johann, que faz sua estreia nacional na Mostra Praça, que exibe filmes ao ar livre, seguidos de debate com a plateia. Entre os curtas, também há um título exibido pela primeira vez, “A Canção do Asfalto”, de Pedro Giongo. Também dirigida por Pedro, em parceria com Francisco Gusso, está a animação “Tango”, premiada em festivais. Completa a seleção de curtas paranaenses “Pai aos 15”, de Danilo Custódio.

Conheça a seguir um pouco mais sobre os quatro filmes.

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O Que Nos Olha

Em 2006, quando realizava o documentário “De Tempos em Tempos”, a cineasta Ana Johann teve a ideia de rodar um outro filme em sua cidade natal, Cruz Machado, na região Centro-Sul do Paraná. A ideia era fazer um filme no qual os moradores locais seriam convidados a participar, levando objetos que contassem suas histórias. Passados dez anos e algumas mudanças no projeto inicial, o resultado é “O Que Nos Olha”, que terá sua primeira exibição pública na Mostra Tiradentes. No filme, além dos moradores, a própria diretora acabou se tornando personagem principal, expondo seu retorno às origens em meio a uma crise pessoal: o fim de um relacionamento de 20 anos. “Todo filme acaba se transformando ao longo de sua realização. Mas, nesse caso, teve um processo maior que foi a minha história pessoal”, afirma Ana, que diz ter tomado o cuidado de não resumir o filme à sua vida pessoal. “Deixo lacunas para as pessoas pensarem”, afirma.

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A Canção do Asfalto

O cotidiano dos imigrantes chineses em Curitiba inspirou o curta-metragem que fará sua estreia em Tiradentes. A partir de um ano de pesquisa e observação sobre essa população, o diretor Pedro Giongo construiu a história de um jovem chinês que mora e trabalha na região central da cidade. “Eu me posicionei como um estrangeiro e procurei encontrar um país dentro do meu país. Acabei caindo em uma realidade oriental ao tentar retratar a melancolia de não se sentir em casa em país estrangeiro e, ao mesmo tempo, não ter mais uma casa para voltar”, conta o cineasta. Quem interpreta o personagem principal é Mengran Zhang, um intercambista de Pequim que vive em Curitiba.

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Tango

Também dirigido por Pedro Giongo, em parceria com Francisco Gusso, o curta de animação é uma adaptação do conto “Um Artista da Fome”, de Franz Kafka. A produção usa a técnica de stop motion e foi feita com bonecos de papel articulado. Na história, Zeferino é um menino que possui um talento incomum, anunciando o início de uma nova era em uma comunidade às margens de um rio. De acordo com o diretor, a animação tem uma forte carga política, que se apropria de toda a turbulência que o país viveu nos últimos anos. Exibido em diversos festivais, estreou em Curitiba no final do ano passado e recebeu menção especial no Festival StopTrik, na Eslovênia.

Pai aos 15

O curta do diretor Danilo Custódio estreou em Curitiba no Festival Olhar de Cinema, em junho do ano passado. Rodado na capital paranaense, o filme conta a história de um adolescente que se vê obrigado a cuidar do irmão mais novo. A produção ganhou o prêmio de melhor filme na categoria Teen no Festival Internacional de Cinema Infantil (Fici).

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