Se você conseguiu ficar acordado até o fim do Oscar, teve chance de ver o momento mais surpreendente da cerimônia.
Foi lá pelas duas horas da manhã aqui no Brasil, quando foi anunciado o último prêmio da noite, o Oscar de melhor filme.
Não havia um franco favorito para a principal categoria da premiação, mas “O Regresso” parecia ter vantagem pequena.
Ao longo da noite, enquanto “Mad Max Estrada da Fúria” varria as estatuetas em categorias mais discretas como edição de som e design de produção, “O Regresso” ficou com os Oscars de ator para Leonardo DiCaprio e diretor para Alejandro Iñárritu.
DiCaprio foi a maior barbada da noite.
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Ao receber o prêmio, ele chamou atenção para o aquecimento global e disse que é um erro achar que o mundo vai durar para sempre.
DiCaprio não foi o único falar de política no Oscar.
O apresentador Chris Rock passou boa parte da cerimônia fazendo piadas sobre o preconceito racial da Academia de Hollywood, num ano em que atrizes e atores negros foram completamente ignorados pelo prêmio.
Em momentos diferentes da noite, artistas citaram outros temas controversos, como estupros em universidades, o preconceito contra outras minorias e também contra as mulheres.
No fim, “Spotlight” também tinha coisas importantes para dizer. Uma delas é a história contada pelo filme, a dos jornalistas americanos que denunciaram abusos sexuais dentro da Igreja Católica.
Outra mensagem importante tem a ver com o cinema.
Numa noite dominada por “Mad Max” e “O Regresso”, duas produções carregadas de cenas espetaculares, o melhor filme do ano foi aquele que investiu numa história espetacular.
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