As questões delicadas da sociedade parecem mesmo ser a chave do sucesso dos filmes dirigidos pela dupla Eric Toledano e Olivier Nakache, responsáveis pelo sucesso de Os Intocáveis e que agora voltam às telas com Samba.
O filme é uma das grandes atrações do Festival Varilux de Cinema Francês e será exibido no sábado (20), às 19h25, com novas exibições no dia 22 (13h) e 23 (15h20).
A França que ri
Festival Varilux, maior evento de cinema francês no Brasil começa nesta quinta-feira (18) exibindo 16 filmes – com destaque para comédias
Leia a matéria completaA trama se concentra na trajetória de vida de Samba, imigrante do Senegal que vive há 10 anos em território francês e precisa driblar as adversidades normalmente enfrentadas pelos sans-papier, como são chamados os moradores ilegais do país.
Sem cair no maniqueísmo do que é feio ou bonito, certo ou errado, a trama coloca em xeque os problemas da imigração na França – fatos que abalam igualmente outros países europeus e são um dos retratos políticos e sociais mais importantes da atualidade no Velho Continente – ao mesmo tempo que traz para o público uma história divertida e farta de valores como amor e amizade.
“É o que se passa na França agora. Se você abre o jornal em qualquer dia, vai ver uma questão sobre a imigração”, explica o diretor Olivier Nakache sobre a escolha do tema da nova produção. “Decidimos usar o filme com uma responsabilidade de contar esse problema pelo qual os países estão passando.”
Na produção, o personagem Samba é interpretado pelo ator Omar Sy, que ganhou o César de melhor ator em 2012 no papel de Driss, em Os Intocáveis. Ele foi o primeiro ator negro a receber o prêmio.
Sobre a escolha de levar novamente Omar Sy para o centro do trabalho, o diretor Eric Toledano explicou que tudo foi estrategicamente pensado.
“Quisemos usar uma pessoa superimportante na França para fazer o papel de uma pessoa que é desconhecida, que a gente não sabe nem o nome”, comentou.
Embora o nome do personagem Samba não tenha ligação direta com o Brasil, a cultura brasileira aparece pouco no filme. O personagem Wilson, de Tahar Rahim, é um argelino que se faz passar por brasileiro, por achar que sua aceitação seria melhor no país – principalmente com as mulheres.
A decisão dos diretores de usar um “falso brasileiro” serve de desculpa para uma trilha sonora com músicas de Jorge Ben e Gilberto Gil.
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