Em duas décadas, os relacionamentos mudaram, mas os problemas tendem a ser os mesmos. Esse é o mote de “Pequeno Dicionário Amoroso 2”, sequência da comédia romântica de 1997 sobre um casal que passa por todas as etapas de um romance, da paixão até o término.
Dezoito anos depois, Andrea Beltrão e Daniel Dantas voltam a interpretar Luiza e Gabriel, sob a mesma direção de Sandra Werneck, agora com Mauro Farias.
Na sequência, Luiza está mais séria, e Gabriel acomodado. Ela tem dois filhos e se frustra num casamento fadado ao fracasso. Continua no mesmo emprego, analisando animais peçonhentos, e tem uma namorava mais nova. Os dois se reencontram e tentam reatar.
“Acho que tem o peso dos quase 20 anos. No primeiro filme eu tinha 30 e poucos, agora, 52”, diz Beltrão, sobre as mudanças de sua personagem. “Só com maturidade você arranha esse lugar de solidão que é duro, mas é único, estando casada ou não.”
Para seu parceiro de elenco, o problema de Gabriel é o oposto: não ter aprendido a lidar com a solidão. “É a condição primeira para uma relação. Você precisa disso para se envolver com alguém.”
Em 1997, “Pequeno Dicionário Amoroso” atraiu 400 mil pessoas, número alto numa época de marasmo da produção nacional. Como comparação, a comédia “Loucas para Casar” passou as 3,5 milhões nos três meses em que ficou em cartaz neste ano.
Segundo a diretora, a ideia de fazer uma continuação tardia veio numa festa na qual encontrou a atriz e se perguntou como os personagens estariam hoje.
“O filme não foi feito porque o primeiro fez sucesso. Foi outra proposta, de anos depois pensar que ainda poderia ter história ali, como fez o [Richard] Linklater”, diz Werneck, sobre a trilogia “Antes do Amanhecer”.
No novo longa, as intervenções antes feitas pelos amigos Tony Ramos e Mônica Torres (que não estão na sequência), foram substituídas por histórias com os filhos dos protagonistas.
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Chefe do Dnit responsável pela ponte que caiu no TO já foi preso por corrupção
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos