Spike Lee, diretor de “Chi-Raq”.| Foto: VALERIE MACON/AFP

O cineasta americano Spike Lee negou, nesta quarta-feira (20), em entrevista ao programa matinal “Good Morning America”, estar promovendo um boicote ao Oscar.

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A declaração vem dois dias após o diretor de “Malcom X” e “Faça a Coisa Certa”, ambos sobre conflitos raciais nos Estados Unidos, fazer um desabafo em sua página oficial sobre a falta de artistas negros indicados nas categorias de atuação e direção e anunciar que não irá á cerimônia, marcada para 28 de fevereiro.

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“Eu nunca usei a palavra boicote”, afirmou ao apresentador George Stephanopoulos. “Só disse que eu e minha linda mulher Tanya não iremos, e citei os motivos.”

Lee disse que, durante a premiação, estará na arena Madison Square Garden, em Nova York, assistindo a um jogo de basquete dos Knicks. Ele se recusou a aconselhar outros artistas a seguirem sua atitude. “Faça o que for melhor para você. Eu não vou e minha mulher não vai. Os demais podem fazer o que quiserem.”

Perguntado pelo entrevistador se o comediante Chris Rock, apresentador na edição 2016 do prêmio, está em apuros devido à polêmica, o cineasta foi esquivo: “Ele é um homem adulto. Fará o que quiser, e eu o apoio.”

Spike Lee já foi indicado a dois Oscars -por “Faça a Coisa Certa” e “4 Little Girls”-, e foi laureado com um prêmio honorário em novembro passado. Em seu discurso, afirmou que é “mais fácil um negro ser presidente dos Estados Unidos do que ser o chefe de um estúdio de cinema”.

Ele repetiu a declaração em seu desabafo no começo da semana, no qual defendeu que a “batalha real” pela diversidade no cinema não é contra a postura da Academia, mas sim dos executivos dos estúdios de Hollywood, das TVs e das redes de televisão a cabo, que realizam os projetos.

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