Bryan Cranston concorre ao Oscar de melhor ator por sua interpretação em “Trumbo – Lista Negra”, no qual assume os trejeitos e temperamento do personagem.| Foto: Divulgação

O próprio cinema já tratou de mostrar que Hollywood não é para amadores. Nos bastidores, a indústria dos sonhos pode também ser cruel, como mostra “Trumbo – Lista Negra”, filme de Jay Roach em cartaz nos cinemas.

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Ao retratar a história do roteirista Dalton Trumbo, evoca o período da chamada “caça às bruxas”, quando filiados do partido comunista foram perseguidos pelo governo americano.

Roteirista aliava talento, rapidez e versatilidade

O roteirista americano Dalton Trumbo aliava talento, técnica, rapidez e versatilidade na redação de seus scripts

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O ano era 1947 e começava a polarização entre as grandes potências, divididas entre capitalismo e comunismo. Nos EUA, filiados e simpatizantes do regime socialista passaram a ser vistos como uma ameaça à sociedade, sendo marginalizados e presos.

Um deles era Trumbo, considerado um dos roteiristas mais talentosos e líder do que ficou conhecido como “Dez de Hollywood”, grupo banido da indústria cinematográfica em virtude de suas posições políticas.

Para interpretar Trumbo foi escalado Bryan Cranston, conhecido por interpretar Walter White, protagonista da série “Breaking Bad”. Uma escolha certeira, tanto que o ator está entre os fortes candidatos ao Oscar.

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Oscar

Dalton Trumbo ganhou dois Oscar, pelos roteiros de “A Princesa e o Plebeu” (1956) e “Arenas Sangrentas” (1953). Os dois foram recebidos posteriormente por não terem sido creditados à época.

Cranston assume os trejeitos e o temperamento complexo do personagem, crescendo principalmente na segunda metade do filme, quando Trumbo precisa lutar para permanecer na ativa e começa a perder as rédeas da própria vida.

Ainda que não seja o único mérito de “Trumbo”, a atuação de Cranston dita o ritmo do filme, que começa conservador e ganha corpo à medida que se intensifica o drama do personagem.

Sua história, por si só, já impressiona, mas a narrativa vai além: expõe sem pudor uma Hollywood subserviente à política, canalha e cínica. Um lugar que pouco ou quase nada tem a ver com talento.

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