É estranho pensar que, para uma geração inteira de cinéfilos, Robert De Niro é um ator de comédias. Tudo começou em 1999, 17 anos atrás, quando ele resolver tirar sarro de seus papéis de mafioso com o filme “Máfia no Divã”, em que ele faz terapia com Billy Crystal.
Agora, em cartaz nos cinemas, está “Tirando o Atraso” (veja no Guia onde assistir), com De Niro fazendo o papel de um avô que curte balada em viagem com o neto certinho prestes a se casar, vivido por Zac Efron.
Pouco antes desse, teve “Um Senhor Estagiário”. E há também os três filmes da série “Entrando numa Fria” (engraçado como gostam de usar títulos no gerúndio).
Mas, o mais estranho de tudo é que De Niro, para todos os efeitos, não é engraçado. Existe até um filme que brinca com esse fato: “O Rei da Comédia”, que Martin Scorsese lançou em 1982. Nele, De Niro interpreta Rupert Pumpkin, um sujeito que aspira ser comediante e persegue o sucesso a qualquer preço – chegando ao extremo de sequestrar seu ídolo, Jerry Langford (papel de Jerry Lewis, esse sim, engraçado pacas).
Porém, um cinéfilo que se preze pode ir atrás do De Niro dos anos 1970 e 80 e ver filmes como “Taxi Driver” e “Touro Indomável” – para citar apenas dois trabalhos de um dos grandes atores do cinema americano em qualquer época.
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