Antes de Os Vingadores tomarem os cinemas de assalto, não existia nada maior que os X-Men. Personagens como Wolverine, Mística e Magneto eram mais populares que Capitão América, Viúva Negra e Homem de Ferro. Porém, desde que a Disney comprou a Marvel, a situação se inverteu.
A empresa, dona da Pixar e com dezenas de megassucessos cinematográficos na bagagem, recuperou e dominou o universo dos super-heróis no cinema. Entretanto, mesmo sendo dona da marca, alguns personagens estão na mão de outras produtoras. É o caso dos X-Men, que pertence à Fox. O resultado disso é bastante irregular. A Fox consegue emplacar sucessos absolutos, como “Deadpool”, e fracassos estrondosos, como a última tentativa de reviver o “Quarteto Fantástico”.
X-Men, que em seus dois primeiros filmes (2000 e 2003), dirigidos por Bryan Singer, praticamente ressuscitou o mercado dos filmes de heróis, quase simultaneamente com o Homem-Aranha de Sam Raimi, agora se encontra no meio-termo.
Com “X-Men Apocalipse”, mais uma vez dirigido por Bryan Singer, a ideia é preparar terreno para um novo início da cinessérie. O filme se passa cronologicamente em 1983, dez anos depois dos eventos de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”. Jean Grey (Fênix), Scott Summers (Cíclope), Ororo (Tempestade) e Peter (Mercúrio) são introduzidos em suas versões adolescentes, com atores em ascensão, como é o caso de Sophie Turner, a Sansa Stark de “Game of Thrones”.
Ao lado dos novatos, estão figurões como Jennifer Lawrence, vencedora do Oscar de melhor atriz, e Michael Fassbender, indicado a dois. Jennifer, como Mística, viaja pelo mundo ajudando seus semelhantes. E Magneto agora leva uma vida pacata como um cidadão comum na Polônia.
A rotina de todos, inclusive a do Professor Charles Xavier, que agora se dedica apenas a dar aulas a seus alunos especiais, é alterada com a chegada do que seria o primeiro mutante da história, um ser capaz de absorver os poderes de outros da mesma espécie.
Ele passa a recrutar outros mutantes, como Psylocke (Olivia Munn, finalmente com um papel de destaque no cinema), até formar o que seriam os quatro cavaleiros do Apocalipse.
O uso exagerado de computação gráfica em sequências demasiadamente grandiosas meio que transformam tudo em um pastiche, como está se tornando comum principalmente nos filmes de super-heróis.
Mas a favor de Singer pesam a ótima cena de Mercúrio ao som de Sweet Dreams, da dupla britânica Eurythmics, toda a ambientação anos 80, as referências aos quadrinhos e a sensacional surpresa no meio do filme. E uma sensibilidade incomum neste meio.
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