Livro
Bridget Jones Louca pelo Garoto
Helen Fielding. Tradução de Ana Ban, Julia Romeu e Renato Prelorentzou. Companhia das Letras, 432 págs., R$ 34,50. Romance.
Ela está de volta. Bridget Jones, a balzaca agora cinquentona personagem que conquistou o público feminino no fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, agora é a "louca pelo garoto". A autora, Helen Fielding, queria escrever sobre outras coisas, mas, segundo afirmou ao jornal The New York Times, a voz de Bridget falou mais alto. E ela retornou.
Bem-sucedida autora do gênero "chick lit" mais conhecido como comédias românticas femininas, Fielding vendeu mais de 2 milhões de sua Bridget nos dois primeiros livros dessa trilogia, O Diário de Bridget Jones e Bridget Jones no Limite da Razão. No Brasil, foram 160 mil. O primeiro título também conseguiu um feito. Figurar entre os dez que definem o século 20, segundo o The Guardian, ao lado de medalhões como O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, e 1984, de George Orwell.
Meia-idade
Que novidade apresenta Fielding? Em primeiro lugar, uma Bridget na meia-idade e viúva. Sim, a notícia da morte do personagem emblemático Marc Darcy chocou os fãs. Além disso, é mãe de dois filhos. Bridget não é mais a simpática trintona solteirona, charmosa e atrapalhada, em busca de um grande amor, que ganhou milhares de seguidoras no mundo. Trata-se, agora, de uma mulher mais velha, ainda simpática e atrapalhada, com conflitos diferentes: namorar um homem mais novo e ser uma boa mãe diante das exigências contemporâneas. Entretanto, o charme e a honestidade da personagem continuam intactos. Fielding manteve, em Bridget, a moça do diário, a doce habilidade de cometer erros. Erros cômicos e esdrúxulos. Bridget Jones é uma verdadeira heroína "chick lit".
Fazendo oposição às atuais protagonistas de best sellers predominantemente femininos, como Cinquenta Tons de Cinza e Toda Sua, Jones é a tradução da imperfeição e do bom humor. Seu grande trunfo está na sua capacidade de se divertir e ter êxito em situações prosaicas, como controlar o número de mensagens que manda para o namorado ou não se atrasar ao pegar os filhos na escola.
Eternizada pela atriz Renée Zellweger que a interpretou nos dois longas-metragens adaptados para o cinema, ainda não se sabe se o terceiro livro será levado às telonas. No entanto, as apostas já estão abertas para os novos papéis masculinos. E as fãs do "chick lit" esperam, ansiosas, pelo "sim" de Zellweger.
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