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As cinzas de Alan Freed (1921-1965), o homem que cunhou o termo Rock n' Roll, serão removidas do museu do Hall da Fama do Rock, em Cleveland, Ohio (EUA), onde estão expostas em um baú desde 2002. Freed foi um DJ de rádio em Cleveland nos anos 1950, época em que apresentou às plateias brancas o estilo R&B, então popular entre os negros, em tempos de segregação racial nos EUA. Ele chamou o estilo de Rock n' Roll e organizou o que é hoje considerado o primeiro grande show de rock, em 1956. Segundo o filho do DJ, Lance Freed, o museu pediu que ele retirasse as cinzas do pai do local, pois "visitantes coçam a cabeça e não conseguem entender o que isso representa". Procurado pela CNN, o diretor do Hall da Fama, Gregg Harris, disse que os museus estão deixando de exibir restos mortais para mostrar "aquilo que conta uma história", e que as cinzas serão substituídas por um par de microfones utilizado por Freed quando era radialista. No entanto, o diretor ressaltou que a retirada das cinzas não diminui a relevância do DJ para a história da música. Segundo ele, os esforços de Freed para popularizar o gênero e acabar com as divisões raciais no cenário musical foram alguns dos motivos pelos quais Cleveland foi eleita a cidade que sediaria o museu. A mudança acontece alguns dias depois do Hall da Fama abrir uma exposição com figurinos da cantora Beyoncé, incluindo sua roupa de leopardo usada no clipe do hit "Single Ladies", em 2008. "Rock n' Roll não é apenas sobre ontem. [O gênero] continua a evoluir, e nós continuamos a abraçá-lo e a refinar nossas operações", comentou Harris. De acordo com Lance Freed, a família ainda irá decidir para onde levar as cinzas, "pela terceira e última vez", diz.

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