O livro de Jack Kerouac, "On the road", comemora em 2007, 50 anos de lançamento, ainda sendo comercializado e referenciado por jovens e adultos em todo mundo, que cultuam a chamada contracultura. Desde o lançamento, em 1957, o livro esteve entre os mais vendidos. A trama de "On the road" segue os passos de Sal Paradise (personagem autobiográfico, baseado em Kerouac) e Dean Moriarty (inspirado em Neal Cassady, amigo de Kerouac) em suas andanças pelos EUA, de um lado para o outro, bebendo, ouvindo jazz e vivendo romances.Matéria publicada pelo jornal "New York Times" lembra que parte do motivo pelo qual o livro tem o poder de resistir ao tempo é que artistas populares sempre fazem referências a ele. Todos, de Bob Dylan aos Beastie Boys, inspiraram-se em Kerouac. Mais recentemente, o Hold Steady, uma banda norte-americana de rock independente, citou "On the road" em seu disco "Boys and girls in America". O cineasta brasileiro Walter Salles, que fez "Diários de motocicleta", deve começar a produzir em 2008, uma nova versão do livro para o cinema.
Mas para lembrar a data, o livro vai ganhar edições especiais. Uma delas, publicada pela editora Viking, é uma edição comemorativa de 50 anos, e publica também, pela primeira vez em forma de livro, a versão original que Kerouac datilografou em um pergaminho de 36 metros de comprimento com uma nova análise escrita pelo repórter do "New York Times" John Leland, intitulada "Por que Kerouac é importante: as lições de 'On the road' (Não são o que você pensa)".
Outra editora, a Library of America vai incluir "On the road" em uma coleção dos livros "de viagem" de Kerouac que será publicada em setembro. E a Biblioteca Pública de Nova York fará uma homenagem em novembro com a exibição do pergaminho e outros materiais dos arquivos de Kerouac.
Com sua imagem de bad-boy e ética de trabalho libertadora, a obra de Kerouac tem a reputação de ser um dos livros mais roubados das lojas, diz Robert Contant, dono de uma livraria em Nova Iorque. O empresário disse ter vendido 36 cópias do livro este ano, e que deixa seus exemplares próximos ao balcão de informações, para que possam ser monitoradas pelos funcionários. "Ele tem um valor grande nas ruas por causa de sua imagem de fora da lei", diz Contant, "e para os jovens que vêm a Nova York, existe uma idéia romântica sobre a época beatnik."
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