Programação
Confira os filmes que integram a Mostra Yasujiro Ozu, no Sesc Paço da Liberdade:
Hoje, às 19 horas
Era uma Vez em Tóquio (1953, PB, 135 min., 16mm)
Quarta-feira, às 20 horas
Filho Único (1939, PB, 84 min., 16mm)
Quinta-feira, às 19 horas
Pai e Filha (1948, PB, 109 min., 16mm)
Sexta-feira, às 19 horas
Fim de Verão (1961, cor, 103 min., 16mm)
Sábado, às 16 horas
A Rotina Tem o Seu Encanto (1962, cor, 113 min., 16mm)
Agenda
Mostra Yasujiro Ozu
Sesc Paço de Liberdade (Praça Generoso Marques, 189 Centro), (41) 3234-4200. De hoje até sábado. Entrada franca. Ingressos liberados uma hora antes das sessões.
Começa hoje no Sesc Paço da Liberdade, com a exibição do clássico Era uma Vez em Tóquio, a Mostra Yasujiro Ozu, que até sábado vai exibir cinco dos longas-metragens mais importantes do cineasta japonês.
Embora Akira Kurosawa (1910-1998) tenha se tornado o diretor japonês mais reverenciado fora de seu país, por conta da grande repercussão internacional de clássicos como Os Sete Samurais (1954) e Ran (1985), que dialogam tanto com o cinema como com a dramaturgia ocidentais, Ozu (1903-1963) é considerado, no Japão, o grande mestre da Sétima Arte de sua terra.
Ele foi capaz de, como poucos artistas do país do sol nascente, traduzir em seus filmes a identidade cultural nipônica, sobretudo no período pós-Segunda Guerra Mundial, quando o Japão passa por profundas transformações sociais e econômicas, que se chocam com usos, costumes e valores vigentes há séculos.
Nesse aspecto, Era uma Vez em Tóquio, que abre a mostra realizada em parceria com o Consulado do Japão em Curitiba, é exemplar. Lançado em 1953, oito anos após o termino da guerra, o longa-metragem retrata o confronto entre o Japão tradicional, personificado por um casal de idosos que vive no interior do país, e seus filhos, que residem na capital e levam uma vida urbana, bem mais veloz e já com evidentes traços da influência ocidental.
Tatamis
Outra obra-prima selecionada para a mostra, e que, de certa forma, também retrata esse Japão em estado de transformação, marcado pelo choque de valores, é Pai e Filha (1949). Conta a história de Noriko, uma jovem de 27 anos, ainda solteira, que hesita em se casar e construir uma vida independente, para tomar conta do pai viúvo, o velho professor Somiya, que ela idolatra. Ele, por sua vez, se preocupa com Noriko e busca formas de fazê-la partir.
Dono de um cinema de silêncios, ao mesmo tempo contido e atento aos movimentos mínimos do cotidiano, Ozu tem como uma de suas marcas registradas as tomadas feitas a partir da perspectiva dos tatamis, pisos tradicionais japoneses, ao nível do chão. Esse ponto de vista produz no espectador um estranhamento que resulta em uma experiência bastante interessante de alteridade.
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