Claudio Botelho, em uma de suas interações com o público que quase encheu o Guairinha no domingo para assistir à primeira apresentação do espetáculo Versão Brasileira agradeceu um dos espectadores por ter ido "prejudicar os musicais". Quis dizer "prestigiar".
Esse erro, talvez um ato falho,soou fora de lugar, injusto até. A plateia assistia encantada a seu recital, espécie de apanhado de 20 anos de envolvimento diretor com o teatro que canta e dança no Brasil.
Botelho é ator. E cantor, letrista,tradutor e produtor. Forma, ao lado do diretor Charles Möeller, uma parceria vitoriosa, responsável, em grande parte, pela ressurreição dos musicais no Brasil.
Versão Brasileira não é bem teatro, mas também não é show. É um híbrido no qual Botelho, além de interpretar canções dos musicais que trouxe para o português, nos quais atuou e produziu, conta histórias sobre essas duas décadas de brilho, suor e cantoria.
Ótimo cantor e entertainer carismático, Botelho seduziu o público em vários níveis, dos ouvidos ao riso. Como intérprete, brilhou em suas homenagens a Stephen Sondheim, maior compositor vivo do gênero nos Estados Unidos e autor de Sweeney Todd, Company, Follies e West Side Story (coescrito por Leonard Bernstein) - autor faz 80 anos amanhã. Também emocionou emprestando a voz a canções de Chico Buarque: sua interpretação de "O Que Será (À Flor da Pele)" é arrepiante. E fez rir com bem-homorados números de Avenida Q e Chicago
Como mestre de cerimônias, contador de histórias,divertiu quem estava no teatro com sua espontaneidade e bom humor. Ninguém saiu prejudicado do Guairinha. Hoje tem mais, às 21 horas.
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