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O ator americano George Clooney e o jogador português Cristiano Ronaldo foram citados como testemunhas de defesa do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi no caso Ruby, no qual é acusado de prostituição de menor de idade e abuso de poder, anunciou o tribunal de Milão.

No total, o tribunal aceitou 78 testemunhas de defesa e 136 da acusação, entre elas 32 jovens mulheres que teriam participado de festas na residência de Berlusconi.

Berlusconi, 74 anos, é acusado de pagar pelos serviços sexuais de Ruby, apelido da marroquina Karima el Mahrung, quando ela tinha 17 anos, e de ter atuado ante a polícia de Milão para que ela fosse libertada, depois de ter sido detida por roubo em 27 de maio de 2010.

Segundo o advogado de Berlusconi, o então premier interferiu ante a detenção da jovem por razões "institucionais", pois acreditava que ela era sobrinha do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak.

As duas celebridades foram chamadas em uma tentativa de desacreditar Ruby, que afirma ter feito sexo com Cristiano Ronaldo e que Clooney estava presente na festa "Bunga Bunga", como eram chamadas as supostas orgias organizadas por Berlusconi.

Clooney já negou a alegação e afirmou que poderia testemunhar. Ronaldo não respondeu à acusação.

Durante o inquérito policial, do qual alguns trechos vazaram para os jornais italianos, Ruby detalha a festa, na qual mulheres nuas dançavam para o bilionário primeiro-ministro.

Caso seja condenado, Berlusconi poderá pegar até três anos de prisão pela acusação sexual e 12 anos por abuso de poder, por ter supostamente usado seu cargo para tirar Ruby da prisão.

Um porta-voz do tribunal em Milão afirmou que o juiz decidirá caso a caso se as testemunhas serão chamadas para depor, dependendo de como o julgamento se desenvolverá.

O próximo interrogatório ocorrerá em 2 de dezembro e convocará as primeiras testemunhas - sete policiais que irão depor sobre a acusação de abuso de poder.

Os próximos depoimentos ocorrerão em 12 de dezembro, 27 de janeiro e 30 de janeiro.

Apesar de negar ter participado de orgias organizadas por Berlusconi, Clooney disse à revista Time no início deste mês que uma das festas que ele participou foi "um dos eventos mais surpreendentes da minha vida".

Clooney disse que foi chamado pelos advogados de Berlusconi e que disse a eles: "vou depor se vocês quiserem, porque eu não estava na festa que disseram que eu estava".

"Não fui nessa festa 'Bunga Bunga'. Mas eu fui em outra festa, para falar sobre Darfur. Foi uma conversa impressionante. Ele me mostrou o quarto dele e a cama que Putin lhe deu de presente", disse.

Berlusconi deixou o cargo este mês e não pode mais alegar suas funções oficiais como justificativa para evitar interrogatórios nos três processos nos quais é réu, incluindo acusações sobre fraude fiscais e suborno.

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