Mais de 130 astros de Hollywood, inclusive os ganhadores do Oscar George Clooney, Tom Hanks, Charlize Theron, Morgan Freeman e Sally Field, manifestaram-se na segunda-feira contra a autorização para uma greve do sindicato dos atores dos EUA (Screen Actors Guild, SAG).
A posição de nomes do primeiro escalão foi divulgada em carta pela Internet, enquanto em Nova York os sindicalistas se reuniam com membros "comuns" para buscarem apoio à paralisação.
A carta sinaliza uma forte divisão entre os 120 mil atores sindicalizados a respeito das táticas empregadas pelo presidente do SAG, Alan Rosenberg, e seus aliados para conseguir melhores contratos dos grandes estúdios, especialmente no que diz respeito ao pagamento pela divulgação de filmes e programas de TV pela Internet.
Um grupo menor de astros, que inclui Mel Gibson e Martin Sheen, expressou na sexta-feira apoio à greve, enquanto a divisão de Nova York do sindicato se manifestou contrariamente.
Após meses de impasse, o sindicato provocou preocupação na semana passada em Hollywood ao anunciar que pretende votar em janeiro um indicativo de greve, na esperança de forçar a volta dos executivos à mesa de negociação.
Os votos sobre o indicativo de greve devem ser postados até 2 de janeiro, e apurados no dia 23. Se o "sim" tiver pelo menos 75 por cento dos votos, a direção do SAG fica autorizada a declarar greve.
"Sentimos fortemente que os membros do Screen Actors Guild não devem votar pela autorização à greve neste momento", disse a carta de segunda-feira dos astros e estrelas.
"Não achamos que uma autorização possa ser vista como mera ferramenta de barganha. Deve ser vista como o que realmente é - um acordo para fazer greve caso as negociações fracassem."
Citando a piora das condições econômicas, a carta pede aos sindicalistas que aceitem o contrato proposto pelos estúdios como sendo "um acordo imperfeito", e se prepare, junto com outras categorias de Hollywood, para negociar condições melhores dentro de três anos.
O setor ainda se recupera de uma greve de 14 semanas dos roteiristas, que terminou em fevereiro, depois de provocar prejuízos estimados em 3 bilhões de dólares e de deixar milhares de técnicos sem trabalho.
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