Inspirado nos carnavais de Veneza, o museólogo Clóvis Bornay, que morreu neste domingo aos 89 anos, foi um dos criadores dos bailes de gala com premiações de fantasias de luxo no Brasil ao convencer o diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Silvio Piergilli, a promover este tipo de evento em 1937.
Bornay, que nasceu em Nova Friburgo em 1916, na região serrana do estado, sempre foi conhecido por sua criatividade e pela arte de fazer fantasias luxuosas e extravagantes. Algumas de suas fantasias são freqüentemente expostas no Brasil, sendo que outras pertencem a acervos de museus importantes da Europa e Estados Unidos.
Em 1967, Bornay atuou no filme 'Terra em Transe', de Glauber Rocha, contracenando com Paulo Autran. Em 1969 e 1970, foi carnavalesco da Portela, trabalhando pela Mocidade Independente em 1972 e 1973. Foi sua a iniciativa de trazer para a passarela do samba artistas e pessoas conhecidas do público para as passarelas, sempre fantasiadas com roupas de luxo.
O carnavalesco, que fez desfiles em Paris, Londres e Tóquio, recebeu da Prefeitura do Rio o título de "hors concours" e passou a se apresentar em concursos de fantasia sem que fosse avaliado pelo júri.
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