Como bom escritor que é, o sul-africano J. M. Coetzee, 73 anos, desconcertou seus leitores que foram ouvi-lo na noite de segunda-feira, 15, no Teatro Fernanda Montenegro, em Curitiba. O ganhador do prêmio Nobel de literatura de 2003 fez uma conferência de 50 minutos sobre censura. Após falar de sua experiência com os censores do regime do apartheid, que durante 40 anos controlaram tudo o que era publicado no país, ele afirmou que "não há progresso quando se trata de censura" e que dentro de nós sempre sobrevive o desejo de censurar.
Os censores vasculharam os livros de Coetzee em busca daquilo que o governo da minoria branca queria evitar: no campo da moral, a influência da liberalidade ocidental, e no campo político, a influência marxista ou o questionamento do regime.
Coetzee crê que foi poupado pelos censores por três razões: por ser branco e africâner, por vir da mesma classe social que os censores e porque eles não o viam como um autor popular. "Os livros que mudam a História não saem do prelo e se transformam imediatamente em grandes sucessos. Os caminhos da História são mais complexos que isso."
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