Olá, vou comentar hoje aqui o trabalho do Charme Chulo. Porém, antes, um retorno à coluna da semana anterior, em que reclamei que as rádios do Paraná tocam pouca música paranaense. O comentário resultou em polêmica, com algumas pessoas pedindo maior participação de bandas paranaenses na programação, e outras apontando programas e rádios que estariam prestigiando a boa música local. Destaco aqui a opinião de dois radialistas. Os e-mails completos você poderá ler no blog Sobretudo (http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/blog/sobretudo/), mas aqui seguem os resumos.No primeiro, Mauro Mueller, radialista e músico, defende que o rádio é um reflexo da opinião pública e não um "formador". "Qual é a probabilidade de você sintonizar o rádio e ouvir um artista paranaense? Se muitos ouvintes ligarem para a rádio, o cara que faz a seleção musical vai se interessar em ir atrás do artista solicitado.
Se o músico tiver levado a música na rádio, meio caminho andado."
No segundo, o coordenador artístico da 91Rock FM, Beto Toledo, escreveu para dizer que desde o início do ano a emissora está tocando regularmente músicos do Paraná. "No período de 60 minutos em qualquer dia da semana, você vai ouvir no mínimo uma banda local, às vezes, até mais de uma", afirma. Reclama que este colunista não deu atenção à rádio: "Sinceramente, torço para que seus leitores tenham um senso crítico apurado e sejam nossos ouvintes, estes com certeza irão perceber o quão injusta foi a abordagem do assunto sem abrir um parêntese para as emissoras (mesmo sendo a minoria) que tem espaço para artistas locais." Faz uma lista de 16 bandas que já estariam fazendo parte da programação normal da rádio e avisa que "nos próximos dias estaremos incluindo as bandas Ounkake e Hillbilly Rawhide ".
E a polêmica continua, diga o que pensa sobre a programação das rádios do Paraná e a música paranaense.
Nova onda caipira
Moda de viola com guitarra. Rock rural do pós-punk. New wave da roça. Psicodelicaipira. Urbano do interior. São várias as expressões, os rótulos que cabem no estilo de música da banda Charme Chulo (http://www.myspace.com/charmechulo), que está lançando o disco Nova Onda Caipira, pelo selo Volume 1 (www.volumeone.com.br).
A banda já vinha dando vazão a uma vertente de rock caipira, como mostrava os shows e registros anteriores. A música "Mazzaropi Incriminado" era um exemplo disso. Agora, no entanto, o flerte com a viola e o acordeão ficou ainda mais evidente. Como canta na música-título do CD: "Não tenho mais vergonha em me passar por mim/ Porque eu já sei agora o que eu sou no fim... Então não custa pra eu cantar com uma guitarra/ Uma moda inteira, um rock caipira".
O instrumental está bem caprichado e as letras vão da poesia ingênua à crítica política (e, por vezes, à crítica ingênua). Mais um lançamento se candidatando a melhor disco do ano.
As músicas são todas compostas pelos primos Igor Filus (vocal) e Leandro Delmonico (guitarra, viola e vocal). Completam a banda o baixo de Peterson Marconi (nos shows, com Luciano Aires) e a bateria precisa de Rony Cavalheiro. A produção é de Alexei Leão, também responsável pelo primeiro disco da banda, com o "aconselhamento" de Carlos Eduardo "Miranda". Durante os oito meses de gravações, o grupo passou por estúdios de Curitiba, Rio de Janeiro (Toca do Bandido), São Paulo (Ferradura) e Florianópolis (AML).
A nova onda caipira já caiu na estrada. Neste mês de setembro, faz shows pelo interior paulista, passando por Piracicaba (dia 17), Ribeirão Preto (18), Campinas (19) e São José do Rio Preto (20). A banda ainda dá uma "passada" em Vilhena, Roraima, no dia 26, e Porto União (SC), no dia 30. Em Curitiba, só dão as caras no mês que vem, quando assume as quintas-feira do Empório São Francisco, mas sem abandonar a estrada, com shows também marcados para Mogi das Cruzes ( 9/10), São Paulo (10/10), São Carlos (11/10) e Belo Horizonte (15/10). O show de lançamento oficial do CD está marcado para 24 de outubro, no Sesc da Esquina.
Neste segundo semestre, os novos trabalhos estão chegando ao público. Na próxima semana, tem a banda Nuvens.
Alcolumbre e Motta assumem comando do Congresso com discurso alinhado a antecessores
Hugo Motta defende que emendas recuperam autonomia do Parlamento contra “toma lá, dá cá” do governo
Testamos o viés do DeepSeek e de outras seis IAs com as mesmas perguntas; veja respostas
Cumprir meta fiscal não basta para baixar os juros
Deixe sua opinião