No princípio, era a melodia. Então veio a voz e mais uma voz e outra ainda. Elas brincaram, se divertiram, namoraram e foram para o computador, que entrou na brincadeira. Estava criado o trio vocal Eu, Você e Maria. Vozes, composições, criatividade e proposta musical de Nani Barbosa, Ju Fiorezi e Fabio Raesh. É um início surpreendente de caminhada, de experimentação sonora vocal, acompanhada de efeitos de computador, tendo como base a música brasileira.
Por enquanto, só o que se pode ouvir deles são quatro (e o número quatro nunca foi tão pequeno) músicas no MySpace (www.myspace.com/euvcemaria). Segue entrevista como Nani, resumida porque o espaço assim o pede. A entrevista na íntegra pode ser conferida no blog Sobretudo (http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/blog/sobretudo).
Vocês já se conheciam, como decidiram se reunir?
Nos conhecemos na Faculdade de Artes do Paraná (FAP), os três são formados em Musicoterapia. Na verdade, fazíamos parte do mesmo ciclo de amizades, já éramos bem amigos antes desse projeto. Um ficou sabendo do trabalho do outro e a Nani Barbosa propôs começarmos um trabalho que reunisse experimentação vocal (que Nani estava buscando) e produção musical, pois o Fabio Raesh e a Ju Fiorezi já estavam produzindo trilhas para espetáculos de Teatro e Dança.
Os três também estão envolvidos com o projeto de música étnica Música dos Povos, dirigido por Plínio Silva (direção geral) e Liane Guariente (direção Vocal). Engloba o grupo Bayaka, no qual Nani toca flauta transversal, e o Omundô, do qual Ju e Fábio fazem parte do grupo de vocalistas.
Além disso, Nani já atuou também como flautista em alguns grupos de Curitiba, como Risoflora (2005), Zacumbira (2007) e o Projeto de Choro- Cai na Roda (2008).
Como chegaram a este som?
A idéia inicial do grupo foi realizar a junção da experimentação vocal com os recursos de áudio e a tecnologia que tínhamos à mão, mas não sabíamos qual seria o produto que resultaria. O Fabio e a Ju já trabalhavam com produção de trilhas para teatro e isso influenciou um pouco.
A linha musical do grupo, no geral, leva muito em consideração o aspecto cênico. A partir daí, veio a ideia de produzir um show, que terá uma unidade narrativa, em que uma música conversa com a outra, para tecer um fio condutor (nos temas, arranjos e timbres).
A cada produção, novas idéias e sonoridades surgem, que podem ser ou não incorporadas, tendo, como filtro, a ideia central do show de expor nosso olhar sobre o cotidiano e as manifestações populares.
Como é escolhido o repertório?
Das 14 músicas que vão compor o show, apenas três são releituras, as outras são composições próprias. Todos compõem individualmente, e depois a música é apresentada ao restante do grupo e então os arranjos, timbres, etc são pensados coletivamente.
A única música composta pelos três se chama "Mariá".
Os três são responsáveis pela criação musical (arranjos, experimentação....) e visual do grupo. Mas algumas "funções" foram sendo definidas por facilidades e interesses que cada um tem de maneira natural. Assim temos:
Fabio Raesh: em voz, violão, teclados, toda produção musical, confecção de samples, programação midi, mixagem e masterização.
Nani Barbosa: voz, violão, sopros (flautas, pife), propostas vocais inusitadas, indagações conceituais, pesquisas de referências vocais.
Ju Fiorezi: voz, teclados, confecção de samples, programação midi, pesquisas de referências musicais e relações públicas.
Falem sobre show e disco.
No momento estamos focados na produção do show de estréia que acontecerá no Teatro Paiol no dia 4 de agosto e onde será lançado o primeiro EP do grupo, que provavelmente será disponibilizado no Myspace para download.
Estamos priorizando os espetáculos para o segundo semestre, porque eles exigem um produção visual (figurino, performance, cenário, projeções de vídeos) e também o desafio de reproduzir ao vivo as produções. Pelo tipo de som que fazemos (utilização de samples, efeitos, etc.), precisamos, em algumas músicas, de um material pré-produzido, que será utilizado nas execuções ao vivo.
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