Jô Nunes e a arte de Passarinha

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A cantora Jô Nunes acaba de lançar o disco Passarinha, no qual estreia como intérprete e autora. O lançamento oficial foi em um concorrido e emocionado show no Sesc da Esquina, na sexta-feira passada. "Passarinha", a faixa-título, é uma faceira música de trabalho. Um ótimo cartão de visitas.

Quem perdeu o primeiro show ainda tem nova oportunidade neste domingo. Ela leva o espetáculo para o projeto Domingo Onze e Meia, do Conservatório de Música Popular de Curitiba, no Largo da Ordem – como o próprio nome diz, às 11h30.

O ponto forte do disco são os sambas e assemelhados, como a música de trabalho e também "Mané" e "Despirucada", bem-humoradas formas de retratar personalidades que todo mundo conhece ou identifica.

"Preta, marronzinha/ Bela passarinha", dizem os versos que combinam com a "trigueira" Jô Nunes, que frequentava CTGs em Guarapuava e veio cair nos sambas dos grupos Caxangá, Serenô e outras cantorias em Curitiba. "O mundo é meu ninho/ só quero voar", diz ela ao decolar. O projeto recebeu o aval do site Musicoteca, que a adotou como primeiro lançamento oficial a ser promovido pela internet.

O trabalho reúne canções de autoria de Jô desde o tempo em que ela era conhecida por Joanessa e colecionava dúvidas sobre se seria ou não uma cantora profissional.

Explica-se. Ela chegou a Curitiba para estudar Musicoterapia, curso no qual se formou e área em que atuou profissionalmente por um ano. Paralelamente, não engaiolava a música, com a qual aprendeu a voar desde criança, no meio familiar.

Além da convivência com músicos na universidade, ela também se formou em canto no Conservatório de MPB de Curitiba. Curiosamente, mesmo com a música a acompanhando há tanto tempo, ficava nervosa nas apresentações. O público era como um gato a espreitar a passarinha.

Ela deu um basta em tudo isso em 2008, quando se preparava para um show de encerramento do ano por alunos do Conservatório e ela faria a última apresentação. Estabeleceu que aquela seria uma noite especial e ela se divertiria. Foi o que aconteceu. Sentiu-se tão bem, feito passarinha, que naquele momento decidiu abrir as asas para a carreira de cantora. Sábia decisão.

Há cerca de dois anos, percebeu que a cena curitibana de música só crescia e abria as portas para que as pessoas apresentassem seus trabalhos autorais. Surgia então o projeto do CD com canções próprias. Abriu as gavetas, tirou alguns trabalhos e passou a compor outros. Selecionou o repertório e o resultado está aí.

Stella-Viva

A banda Stella-Viva lança hoje seu primeiro disco, Deus Não Tem Aviões. Vai ficar disponível no site www.stellaviva.com. O disco busca trazer episódios de momentos diferentes da vida e vem sendo gerado desde 2003, na primeira versão da banda. A primeira coisa que surgiu no projeto do CD foi o nome. Entrevista promocional e teaser podem ser vistos pelo site Vimeo (http://vimeo.com/29014731).

Musicocídio

O baterista Fabiano Ferronato usou o título acima para comunicar a sua saída da banda Humanish e a "aposentadoria" das baquetas. Por motivos de força econômica ele passa a tocar só por diversão e se dedica à atividade de pesquisador do Lactec na área de engenharia eletrônica. A música perde um grande baterista, com 15 anos de dedicação e arte. Confira o box ao lado.

Abaixo seguem os vídeos com a entrevista com Jô Nunes e a música gravada para a Gazeta e o clipe de divulgação da música Passarinha, com direção de Lucas Rachinski.