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Matheus Duarte chegou a Curitiba sem alarde e aos poucos conquista espaço | Divulgação/My Space
Matheus Duarte chegou a Curitiba sem alarde e aos poucos conquista espaço| Foto: Divulgação/My Space

A música não tem endereço. Não é porque ela é daqui que será boa ou ruim. Se morar por lá, também não fará diferença. Esta coluna se dedica à música paranaense, mas qual seria essa música paranaense? Simples. Toda aquela que tenha algum tipo de ligação com o estado. Já falei de músicos que passaram por aqui e não estão mais. Já falei de músicos que não são paranaenses, mas estão por aqui. Música não tem fronteiras e, cada vez mais, as influências se misturam, casam e geram filhotes lindos.

Exigir música pura é tão falso e perigoso quanto se falar em raça pura. Não existe. Assim como as fronteiras geográficas são frequentemente quebradas pela música, as trincheiras de estilos são a cada momento ultrapassadas. Bom, meus poucos leitores, todo esse preâmbulo foi só para falar de duas pessoas e uma banda aqui de Curitiba. As pessoas são o mineiro Matheus Duarte e a paranaense Mônica Bezerra, dois dos componentes da banda Trivolve, que tem ainda tem os músicos André Becker (Baixo) e Carlos Pokes (bateria).

O músico, produtor e publicitário Matheus Duarte chegou mineiramente a Curitiba e, aos poucos, vai tomando conta do pedaço. Já com a experiência de bandas e trabalhos anteriores, desembarcou aqui trazendo sua veia de compositor que une rock e MPB, coisa que os mineiros sempre fizeram tão bem. Trouxe, também, a guitarra bem tocada que mistura com programações eletrônicas em seu trabalho-solo, surpreendentemente cheio de groove. O trabalho de Duarte pode ser visto e ouvido no endereço www.myspace.com/MathDuarte.

Na página do MySpace, ele fez o seguinte resumo: "Em Belo Horizonte (2008), estreou o projeto live eletrônico Duo Volt em parceria com Thiago Albuquerque, apresentando versões e músicas próprias num show para se cantar dançando, ou vice-versa. Reintegrou à lendária banda de rock-and-roll Ca$h, como guitarrista, ao lado do seu grande amigo Daniel Mazzochi, e fez participações especiais com a Superbox no palco do Hard Rock Café. Agora em Curitiba, integrou-se à banda Trivolve e está à frente da Yeah Produção Musical ... and the groove goes on!"

E, em Curitiba, Duarte conheceu o trabalho de Mônica Bezerra, assim como ele, compositora e instrumentista. Formada em Canto Popular pelo Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba. É graduada em Comunicação Social -- Publicidade e Propaganda pela PUCPR e, atualmente, estuda Musicoterapia na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Desde 2003, ela se apresenta nos inúmeros palcos da vida e, a partir de 2005, formou a banda Trivolve. Em 2008, deu vazão ao trabalho-solo e gravou. Este também pode ser encontrado na internet, no endereço www.myspace.com/monicabezerra. Ela descreve assim este trabalho: "Muitas vezes, a música expressa mais do que palavras. Mas neste trabalho busquei unir as duas linguagens: não-verbal e verbal, ambas se completando para expressar minhas ideias. Que exprimem mensagens úteis, animadoras e de autoconhecimento. Cada canção que componho mostra um pouco de experiências que adquiri na vida, e que gosto de compartilhar com vocês, ouvintes. ‘Bom dia’ é uma canção otimista; ‘Por Hoje’, intimista; e ‘Clichê’ é uma reflexão bem-humorada. Confira!"

No ano passado, Mônica e Duarte tocaram pela primeira vez juntos no mesmo palco e na mesma banda, a Trivolve(http://www.myspace.com/trivolve). Foi no Festival Curitiba Calling. Na banda, quem domina as composições é Mônica e Duarte fica mais com a produção e os arranjos em conjunto com os músicos. No trabalho em banda, ao mesmo tempo em que é preciso desenvolver e aperfeiçoar uma identidade, o que muitas vezes significa ter um dominante, é preciso integração e complementação, e então é preciso também saber ouvir e conviver (incluindo aí ouvir opiniões diferentes e lidar com os contrários). E novamente voltamos ao início desta coluna, lembrando que na música é preciso ultrapassar fronteiras. A banda Trivolve faz um pop/rock com sabor MPB (ou vice-versa), alternando momentos de energia com outros de delicada harmonia, nos quais as guitarras de Duarte caíram muito bem. E está na hora de todos eles mostrarem mais músicas, seja na banda, ou nos caminhos individuais. Estou no aguardo. Mandem boas músicas e boas notícias.

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