Pela quinta vez o músico Zé Rodrigo encheu o Grande Auditório do Teatro Positivo com um grande show temático. Depois de, em anos anteriores, já ter explorado as músicas de Sinatra e dos Beatles, desta vez, no sábado passado, ele comandou o show Rock and Roll Celebration, que vai virar disco, DVD e Blu-ray.
Para este espetáculo, dispensou a Soulution Orchestra pois o projeto necessitava de uma banda mais "wild" e assim convocou Rafaela Braga (vocal), Felipe Souzza (bateria), Thiago Forbeci (baixo), Marcelo Gelbcke (guitarra) e Aldo Bueno (guitarra e teclado). E ainda contou com as participações especialíssimas de Alcantara Junior (saxofone) e Indiara Sfair (Milkn Blues, na harmônica, um dos pontos altos do show).
Desfilou uma lista de clássicos em que se destacaram "Dont Let Me Down", "Stand by Me", "Sweet Child o Mine", "Highway to Hell", "Born to Be Wild" e "Live and Let Die". Terminou com "Twist and Shout", mas esta foi no calor do encerramento, não estava no programa e nem deve entrar no DVD/Blu-ray e CD, infelizmente, pois ficou bem divertido (quem sabe entre nos extras, vamos torcer).
Como acontece com bons shows, a gente sempre quer mais. Cada um tem alguma música que gostaria de ter visto/ouvido ali e que não foi tocada. Para mim, faltou mais do rock britânico.
Também achei que, talvez pelo clima, pela tensão de se estar gravando um DVD e Blu-ray, as performances foram um tanto quanto contidas, não encarnando o "espírito rebelde do rock". Foi, seguramente, um show de
rock, mas de um jeito família, pianinho, mesmo em momentos com músicas mais "hard". De toda maneira, não é qualquer um que tem o poder de colocar 2.279 pessoas para dançar e cantar no Teatro Positivo e isso tem sido natural, quase comum, para o Zé Rodrigo, o que não é pouca coisa. Parabéns a ele pelos 20 anos de carreira.
Setembro em chamas
O mês começou quente nesta Curitiba. A chapa está fervendo. Setembro está pegando fogo. E quem contribui para a alta temperatura é o multiprodutor, instrumentista, agitador cultural Marcos Gusso, o Coelho, com o projeto Setembro em Chamas. Ele abriu sua "toca-estúdio" para as festas de lançamento dos CDs que gravou dentro do projeto Garageira Curitibana, com patrocínio do Fundo Municipal de Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba.
A cada sábado do mês, uma festinha marcará o lançamento de dois CDs. O primeiro teve os lançamentos dos discos de Fabyote e Coeyote, dupla incrível formada por Fábio Elias e o próprio Coelho; e da banda Líricos Platônicos.
A Fabyote e Coeyote é rock em estado puro, sem muita frescura, que vai direto ao ponto. E também tem algumas baladinhas bem legais, com a vintage "Buscas em Vão", que faz uma mistura de iê-iê-iê com brega (embora eu goste mais da levada de "A Vida É Igual", que tem potencial para hit em qualquer rádio).
Dupla experiente que curte o que faz e faz o que curte. Fábio Elias na guitarra e vocais, Coelho no baixo e vocais e a presença no disco de Fabio Tupyrô na bateria e backing. O disco tem 8 músicas que podem agradar tanto a amantes do rock quanto a ouvintes de FMs triviais (que expulsaram o rock de suas programações).
Líricos Platônicos lançam um disco com 6 músicas. Começa com "Outdoor", que já dá a ideia do som misturado da banda, que junta várias tendências, do rock oitentista, pós-punk e brasileiro ao hard rock, com pitadas do hip-hop. Letras com bom achados poético-musicais. Não sei se conta a favor ou contra, mas há jornalistas no grupo.
A Toca do Coelho é um estúdio que fica meio escondido, em um primeiro andar na Rua Saldanha Marinho, 1.220 e a festa de lançamento começa cedo (às 17 horas) e acaba cedo (às 22 horas). As bandas estarão presentes para quem quiser o devido autógrafo nas bolachinhas, que poderão ser compradas no local.
Mais uma rádio curitibana
O músico e produtor Rodrigo Ferreira do Amaral deixou a Rádio Música Curitibana (www.gazetadopovo.com.br/blog/radio-musica-curitibana), que havia criado, e fundou a Rádio Liga Curitibana (http://www.radioligacuritibana.com.br), que tem basicamente a mesma proposta da anterior que agora está sendo tocada por Luciano Cordoni. Tomara que as duas disputem para ver qual vai ser a melhor (desde que não haja baixaria), pois assim a música de Curitiba só terá a ganhar com pluralidade e competência. Sucesso para ambas.
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