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Os aficionados de Curitiba não descobriram ainda o vinho português moderno. Não poucos têm sido os esforços para promovê-lo. Produtores nos visitam com freqüência. Na semana passada "cá esteve" o Luís Pato e na próxima estará a Adega Alentejana. Órgãos governamentais e associações promovem sucessivos eventos, já tivemos por aqui um capítulo da Confraria do Vinho do Porto e instalamos um Solar do Vinho do Porto, o segundo do Brasil, mas nada aconteceu.

As revistas especializadas rendem-se à qualidade do vinho português, que fazem sucesso em São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte. Exceto Curitiba.

Uma possível justificativa seria serem mais caros e menos encorpados que os puros-sangues argentinos e chilenos que estão na moda.

Mas o novo vinho espanhol sofre as mesmas restrições e sua aceitação é muito maior.

O problema está no marketing. Aplicar em Curitiba a mesma metodologia usada em Rio e São Paulo. Jantares VIP e salões de degustação, é equivocada.

Lá há um grande número de aficionados de vinhos portugueses formadores de opinião, muitos deles descendentes, um segmento de mercado muito forte, que os vinhos portugueses disputam a cada evento.

As promoções feitas em Curitiba seguem o modelo de "mostrar serviço" ao patrocinador ou ao produtor. Mas estas promoções não criam novos clientes.

O velho vinho português, estacionado nas prateleiras das lojas, deixou em nosso público duas marcas fortes, rascante ou ordinário, com a notável exceção do Periquita.

Para promover o vinho português em Curitiba, poderia fazer uma semana do vinho nos restaurantes da cidade, com preços subsidiados. Seria uma solução mais eficiente e barata que as atuais promoções.

Serviço: Confraria Invinovéritas – degustação de espanhóis de Álvaro Palácios - segunda-feira, dia 13, às 19 horas. Fone (41) 3338-7519.

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