Vocalista da banda Radiophonics, Rodrigo Castellani arrebatou os quatro jurados| Foto: João Cotta/TV Globo

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The Voice Brasil

Quintas-feiras, às 22h30, na RPC TV.

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A segunda temporada do The Voice Brasil estreou no último dia 3 de outubro em grande estilo – prestigiada pelos cantores, consagrada pelo público e com outro status na TV Globo, que a promoveu ao horário nobre das quintas-feiras. Uma aposta que deu certo, enfim. Porém, o objetivo declarado de encontrar um novo ídolo nacional (no qual fracassaram programas anteriores do gênero, como Ídolos, Astros e Fama) continua sendo um desafio.

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A brasiliense Ellen Oléria, grande campeã da primeira temporada, por exemplo, gravou seu álbum pela Universal Music, ganhou R$ 500 mil, um automóvel zero quilômetro e o "gerenciamento de carreira" por parte da gravadora, mas sua maior aparição desde então foi cantando no Réveillon de Copacabana no ano passado, além de uma participação no programa Altas Horas. Levando em consideração que ela já havia aberto shows ou dividido o palco com artistas como Lenine, Maria Rita, Ney Matogrosso, Milton Nascimento e Sandra de Sá antes de participar da competição, o upgrade na carreira foi mínimo – ainda que o dinheiro, o carro e um disco por uma major não sejam prêmios nada desprezíveis.

Se não vai ajudar a renovar o modorrento cenário da música popular brasileira, o The Voice Brasil pelo menos funciona muito bem como entretenimento, ao mostrar cantores desconhecidos (e em geral talentosos), apresentar uma boa variedade musical e ainda mobilizar os telespectadores na torcida por seus candidatos preferidos e/ou pelos "técnicos". Aliás, é impreciso afirmar que o programa não é capaz de alavancar a carreira de ninguém: Lulu Santos, Cláudia Leitte, Carlinhos Brown e Daniel atingiram outro grau de notoriedade desde que se sentaram naquelas cadeiras giratórias, e a cada semana mostram um pouco mais de si ao distinto público.

A exemplo do que fez com o Big Brother Brasil (outro formato comprado da produtora holandesa Endemol, por sinal), o diretor Boninho "turbinou" a edição nacional do show de talentos. Nesta segunda temporada, por exemplo, a fase das batalhas – que começa no dia 7 de novembro – pega carona em outro campeão de audiência, o UFC, e será disputada em um octógono. Boninho também promete uma surpresa entre a fase das batalhas e a dos shows ao vivo. Outra atração do The Voice nacional é a "fofurice" do apresentador Tiago Leifert, içado dos esportes – ele vai muito bem como "consolador" dos candidatos eliminados, aliás.

Mas o que tem chamado mesmo a atenção na atual temporada é a completa falta de noção dos figurinistas encarregados do visual dos candidatos – se é que os há. É um festival de roupas bizarras, equivocadas ou simplesmente medonhas, o que acaba tornando o programa ainda mais interessante.

Por fim, faltando ainda uma audição às cegas, a torcida dos paranaenses deve se dividir entre Rodrigo Castellani – carioca de nascimento, criado em Francisco Beltrão e morando há vários anos em Curitiba – e Gustavo Trebien, natural de União da Vitória. Façam suas apostas...

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