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Suyane Moreira e Danton Mello estrelaram “A Selvagem de Santarém”, terceiro episódio da série | TV Globo/Ique Esteves
Suyane Moreira e Danton Mello estrelaram “A Selvagem de Santarém”, terceiro episódio da série| Foto: TV Globo/Ique Esteves

Com o sucesso da série As Cariocas (2010), o diretor e produtor Daniel Filho resolveu repetir a dose, buscando de novo inspiração nas crônicas do jornalista e escritor Sérgio Porto (1923-1968) para As Brasileiras, aualmente no ar na Rede Globo, todas as quinta-feiras, depois do Big Brother Brasil 12.

Foram exibidos, até o momento, apenas três episódios: "A Justiceira de Olinda", "A Inocente de Brasília" e "A Selvagem de Santarém". Mas já é possível perceber que, em comum, as histórias têm um diálogo evidente com a tradição da comédia brasileira feita para o cinema, com pitadas das chanchadas da A­­tlân­­tida (anos 50), presentes em um certo humor ingênuo e bem tupiniquim; e das pornochanchadas dos anos 70, materializadas em um erotismo cômico, elemento bastante visível na primeira e na terceira tramas.

Essas conexões fazem sentido, já que Daniel Filho, diretor-geral do programa, é cria do cinema e da televisão feitos no país nesses períodos. E, da mesma forma, têm a ver com o tom picaresco da obra de Porto, também conhecido pelo pseudônimo de Estanislau Ponte Preta, um a­­man­­te das mulheres bonitas e praticante de um humor cheio de malícia que não se rendia à tentação do mau gosto, embora pudesse com ele flertar por brincadeira e deleite.

Dos três episódios já exibidos, o mais fraco foi "A Inocente de Brasília", estrelado por Claudia Jimenez, no papel de uma funcionária pública que se torna laranja de um patrão inescrupuloso (Edson Celulari), por quem nutre uma paixão platônica. A história simplesmente não decolou, talvez por conta, justamente, da falta dos elementos mais apimentados (e apelativos) que envolvem as outras tramas que já foram ao ar.

"A Justiceira de Olinda", estrelada por Juliana Paes, perfeita no papel de uma beldade pernambucana ciumenta, e "A Selvagem de Santarém", em que a exótica Suyane Moreira vive uma falsa índia na Amazônia paraense, cumpriram bem papel de divertir sem exigir demais do espectador.

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