Transmissões em "super" alta definição e em 3D. Câmeras móveis que sobrevoam o campo, entram dentro dos gols e permitem cortes de imagem que colocam o espectador dentro do jogo, de cara pro gol, quase como um avatar de videogame. Até o momento, é a tecnologia das transmissões o grande destaque desta empolgante para a surpresa de muitos Copa do Mundo no Brasil.
Como os dias de caos que tornariam a Copa inviável não chegaram ao menos em escala considerável a transmissão do torneio na tevê tem alcançado números significativos. Dados do Painel Nacional de Televisão (PNT) sobre a audiência da partida entre Brasil e Croácia, há dez dias, registraram que oito em cada dez televisores estavam sintonizados no jogo de abertura do Mundial.
E ao que este espectador está assistindo? Na televisão aberta, os dois canais que possuem os direitos de transmissão (Rede Globo e Band), fizeram opções conservadoras na cobertura.
A Globo segue o padrão consagrado pela emissora. A equipe de narradores, com Galvão Bueno e Luiz Roberto à frente, se assume torcedora nas partidas da seleção brasileira e mantém o estilo sóbrio nos jogos em geral.
Exceção feita ao locutor estreante Alex Escobar, que parece ser a aposta da emissora para um estilo de narração informal e mais humorística, que se mostra como tendência na transmissão de jogos em canais pagos.
O uso de câmeras exclusivas e repórteres em todas as cidades-sede tornam as transmissões dinâmicas ainda que as entradas ao vivo no meio dos torcedores sejam sempre uma janela aberta para algum divertido imprevisto.
Entre os jogos
Na Band, o destaque é a presença de José Luiz Datena, que tem origem na imprensa esportiva, como coringa na equipe de narradores. Desfalcada de seu líder Luciano do Valle (morto em maio), a emissora apostou no estilo desbocado do apresentador.
No espaço entre os jogos, a emissora reprisa o Band na Copa, com o apresentador Milton Neves, alguns comentaristas e uma bela jornalista fazendo a interação com o público.
A Globo também manteve a Central da Copa, o produto de maior sucesso em 2010 na África do Sul, ainda sob o comando de Tiago Leifert e com poucas alterações.
Entre os comentaristas escalados para a Copa do Mundo o destaque até agora é a estreia do ex-jogador Juninho Pernambucano na Globo. O ex-"reizinho da colina" usa linguagem acessível, português correto, e se mostra atualizado sobre futebol internacional como ninguém na tevê aberta.
O destaque negativo é Ronaldo. Além de desconfortável no paletó de comentarista, pesa contra ele o fato de ser agente de jogadores da seleção e membro do comitê organizador do evento, circunstâncias que prejudicam a isenção de seus comentários.
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