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Tempero de Família
Quinta-feira, às 20 horas, no GNT.
Cozinhando sem firulas
Fernanda Lima (atriz, apresentadora da Globo e uma das mulheres mais bonitas do Brasil), me desculpe: estou apaixonada pelo seu marido, Rodrigo Hilbert. Creio que eu e mais um monte de mulheres que assistem a ele cozinhando no Tempero de Família, programa do canal pago GNT, que atualmente reprisa a primeira temporada da série. O sucesso foi tamanho (audiência de 5 milhões de pessoas na tevê e 3 milhões de visualizações da página do programa na internet, a mais acessada do site da GNT), que o canal confirmou a segunda parte da atração: estreia em outubro e será gravada no sítio do ator, em Teresópolis, no Rio de Janeiro.
O que me fez parar e assistir Tempero foi, além da simpatia de Hilbert, o cenário: uma cozinha simples, montada atrás de casa, daquelas que só quem veio do interior do país conhece. A cidade em questão é Orleans, em Santa Catarina, terra natal do galã, onde vive toda a família dele.
O barato de tudo é a simplicidade dos aparatos: em meio a tanta frescura à venda hoje, Hilbert usa utensílios e panelas que ainda funcionam perfeitamente, mas que já estão batidos pelo tempo. As travessas antigas são estampadas com desenhos um tanto kitsch e ele não tem pudor nenhum em secar a mão no avental, provar as comidas e deixar a toalha de louça nos ombros. Exatamente como fazemos em casa.
Realmente quero acreditar que essa estética é a mais natural e menos "montada" possível. Além de tudo, o apresentador é um querido com a família, que sempre está presente: a mãe aparece para dar palpite, ele recruta a ajuda dos irmãos e convoca os amigos de infância para comer um bom x-salada, com ingredientes simples e tudo feito na hora. Depois, vai bater uma bolinha para queimar as calorias, não sem antes provar o chup-chup, geladinho ou sacolé cada região do país tem um nome feito com suco de laranja natural, leite condensado e açúcar. Os filhos dele adoram (foi o Hilbert quem contou).
Vamos lá: para quem não conhece, o chup-chup (no interior do Paraná falamos assim) nada mais é que uma espécie de picolé feito em casa. Você bate os ingredientes no liquidificador, coloca em um saquinho plástico e bota no congelador. Horas torturantes de espera depois, está pronto. Nada melhor para enfrentar o calorão.
O apresentador revela também as receitas de família: nhoque de batata recheado com pão frito, arroz carreteiro da sogra (Teca, original dos pampas gaúchos) e cozido com legumes e carne esse último cai maravilhosamente bem em dias de frio intenso. Sei disso porque são receitas (exceto o nhoque, que achei bem diferente), que também fizeram parte da minha infância, e que de vez em quando aparecem em algum almoço/jantar de família. E tudo isso é "comida de verdade". Hilbert não usa industrializados e aproveita ao máximo o clima de cidade pequena: o pão do recheio do nhoque veio da casa da avó. As batatas, doadas pela vizinha. Para o molho, usou o frango que sobrou no dia anterior. Nada mais gostoso, e real.
Como se não bastasse ele ser simpaticíssimo, bonito, viver sorrindo, cozinhar bem e não ter um pingo de embaraço em frente às câmeras (volta e meia, entoa uns sucessos gauchescos enquanto põe a mão na massa), Hilbert ainda por cima é romântico. Vive falando da sua "magrela" (como ele chama Fernanda Lima) e cozinhou um jantar especialmente para a bela, com direito a maçã do amor de sobremesa... Depois dessa, só resta esperar pela segunda temporada.
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