Análise inusitada do Dr. Kurtzman tem perguntas e respostas nada previsíveis| Foto: Cauê Porto/Divulgação

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No Divã do Dr. Kurtzman Canal Brasil. Terças-feiras, às 21h30.

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A segunda temporada do programa No Divã do Dr. Kurtzman, do Canal Brasil, já terminou –mesmo assim, vale a pena assistir às reprises da atração, mesmo que você tenha visto todos os entrevistados. Para quem nunca viu, sugiro correr para conhecer os episódios.

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As inusitadas sessões de terapia buscam cura com métodos nada convencionais, oferecidos pelo renomado Dr. Kurtzman (o ator Fábio Marcoff), um argentino formado na Universidade de Sorbonne, na França, e adepto do formato de terapia socrática – uma das linhas da terapia comportamental que foca na investigação filosófica. O resultado é uma análise ao contrário, com muito humor.

Nessa temporada (uma terceira está confirmada para 2015), o Dr. "solucionou" problemas do deputado e jornalista Jean Wyllys, teve um desafio com a "dupla personalidade" de Bruna Surfistinha, e prometeu curar o músico e apresentador João Gordo (que diz ter feito terapias anteriores por dez anos), em um único dia. Além de Kurtzman, fazem parte do elenco Matheus Parizi e Bruno Kott, que interpretam os atrapalhados auxiliares do protagonista (a dupla também é responsável pela direção do programa).

O mais interessante é que a encenação psicológica e as perguntas muitas vezes nonsense do Dr. Kurtzman acabam gerando entrevistas nada convencionais: o humor parece deixar os convidados bem à vontade, e eles acabam se rendendo às peguntas nada previsíveis. As respostas, por sua vez, fogem do óbvio e das respostas prontas de entrevistas "tradicionais". É quase um desabafo.

O terapeuta também não fica o tempo todo à disposição de seus "pacientes", e questões da sua vida pessoal acabam interrompendo as sessões, como a presença da família e a proximidade com a comunidade judaica. Na entrevista com Wyllys, Kurtzmann precisou acudir a mãe, a senhora Berta, que sofreu um acidente no banheiro e quebrou a bacia, e agora fica presa constantemente no vaso sanitário.

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A Copa do Mundo já acabou, mas as análises que o Dr. fez de jogadores durante o mundial – todas disponíveis no site do Canal Brasil (canalbrasil.globo.com/no-diva-do-dr-kurtzman) – são imperdíveis. Ele conta, por exemplo, que atendeu o jogador italiano Mario Balotelli ainda criança, e que seu temperamento excêntrico é uma forma de ele lidar com a adoção – também diz que o excesso de vaidade de Cristiano Ronaldo busca apagar o seu passado, em que era um adolescente feio.

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