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Cássia Kiss (esq.) foi entrevistada por Simone Zuccolotto | Divulgação
Cássia Kiss (esq.) foi entrevistada por Simone Zuccolotto| Foto: Divulgação

Esse é um daqueles programas que fazem o espectador se sentir dentro da casa do entrevistado. No caso, no camarim de atores e diretores escolhidos a dedo pelo sucesso atual ou pelo que representam para a história do cinema no país.

O Cinejornal, exibido pelo Canal Brasil todo sábado, tem o despojamento necessário a uma atração sem muita ação e que se passa num único cenário, com um papo que fica no equilíbrio entre a abstração intelectual e a curiosidade especuladora.

Passaram recentemente pelo programa Bruna Lombardi e Carlos Riccelli, Cauã Reymond, Selton Mello, Milhem Cortaz, Alice Braga, Bruno Mazzeo, Dira Paes, Felipe Camargo, Hugo Carvana, Marcos Palmeira e Maria Paula. Os últimos tiveram Fernando Meirelles, Débora Falabella e Cássia Kiss, contando a partir do último fim de semana.

Na conversa com Débora, que está no novo filme de André Ristum, Meu País, o entrevistador Kiko Mollica acabou não mergulhando no universo da atriz com a empatia que tem Simone Zuccolotto, a outra entrevistadora do programa. Em sua conversa com Cássia Kiss, ela demonstrou bom conhecimento do mundo da atuação e da carreira da atriz, transformando-se em uma segunda fonte de informação durante o bate-papo.

Os atores, em geral, surpreendem pelo racionalismo com que abordam seus papéis, com muita reflexão – que podem impressionar quem só os vira até então encarnando personagens.

Comédia

Pegando carona no bom resultado que Simone tem com seus entrevistados, a jornalista ganha a partir do dia 19 uma série própria no Canal Brasil. Rir Sempre Foi o Melhor Remédio, dirigido por ela mesma, se propõe a fazer um raio-x da comédia na televisão e no cinema brasileiros. (O momento não poderia ser mais propício, com as recentes polêmicas envolvendo piadas na tevê que não desceram bem.)

Serão cinco episódios em que Simone entrevista comediantes e estudiosos sobre questões como o fato de a comédia em geral receber críticas ruins, os limites do humor e a história do gênero no Brasil. Com imagens de arquivo, ela descreve as melhores bilheterias alcançadas por obras cômicas no país, desde as chanchadas, passando por fenômenos como Grande Otelo, Mazzaropi e Os Trapalhões.

Outro ponto positivo da atração são os depoimentos com figuras que fizeram história na comédia brasileira, como Selton Mello (que lança neste mês o filme O Palhaço), Renato Aragão, Chico Anysio, Nuno Leal Maia e Paulo José, além do cineasta Daniel Filho, do autor de telenovelas Silvio de Abreu e dos psicanalistas Contardo Calligaris e Daniel Kuperman.

Serviço:

Cinejornal. Canal Brasil. Todo sábado, às 20h30.

Rir Sempre Foi o Melhor Remédio. Canal Brasil. Estreia dia 19 de outubro. Quartas, às 21 horas, e sábados, às 11h30.

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