Programe-se
Joia Rara
Segunda-feira a sábado, às 18 horas, na TV Globo.
Depois de revolucionarem a faixa das 18 horas com o conto de fadas nordestino Cordel Encantado, exibido em 2011, Thelma Guedes e Duca Rachid pretendem dar um passo adiante com Joia Rara, superprodução dirigida por Amora Mautner que estreou há duas semanas.
E não há como negar que a novela é impactante. Desde o primeiro capítulo, que mostrou a avalanche no Himalaia que vitimou o protagonista Franz Hauser (Bruno Gagliasso), a qualidade da fotografia, dos efeitos visuais, cenários e da recriação da época a trama se passa entre os anos 1930 e 1940 tem chamado a atenção. A exemplo de Cordel, Joia Rara tem uma assinatura visual, com o predomínio dos tons em sépia.
A história é um drama clássico (o jovem rico Franz que se apaixona pela moça pobre Amélia, vivida por Bianca Bin , para desgosto do pai dele) numa embalagem de luxo, incrementado por uma conexão mirabolante com monges budistas fixados em algum lugar perdido no Himalaia.
A "joia rara" do título é a menina Pérola (Mel Maia), filha de Franz e Amélia e reencarnação do guru Ananda Rinpoche (Nelson Xavier), que cuidou do jovem milionário após o acidente nas montanhas.
Nesse contexto, Thelma Guedes e Duca Rachid aproveitam para falar de comunismo, da luta de classes sob o governo de Getúlio Vargas (1930-1945), da vida nos cortiços cariocas na primeira metade do século passado e da boêmia no bairro da Lapa. E é precisamente na Lapa que se concentra o núcleo cômico da trama, mais precisamente no Cabaré Pacheco Leão, dirigido por Arlindo Pacheco Leão (Marcos Caruso) e onde se apresentam vedetes como Lola (Letícia Spiller) e, mais adiante, Aurora (Mariana Ximenes).
Outro aspecto que chama a atenção em Joia Rara é o "dream team" formado por atores e equipe técnica que trabalharam em dois grandes sucessos recentes Cordel Encantado e Avenida Brasil. Da primeira, vieram, por exemplo, o casal protagonista Bruno Gagliasso e Bianca Bin , Carmo Dalla Vecchia (que faz o vilão Manfred) e Domingos Montagner (Mundo); de Avenida Brasil retornam José de Abreu (que passou de catador de lixo a empresário multimilionário), a "joia rara" Mel Maia, Cacau Protásio e a curitibana Fabiula Nascimento, entre outros. Sem falar em Marcos Caruso, que trabalhou nas duas novelas.
Ou seja, se depender do capricho na produção, da disposição da equipe e do talento da mão de obra, Joia Rara já é um sucesso.
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