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As novas apresentadoras do Saia Justa: única novidade são as integrantes do programa | Divulgação/GNT
As novas apresentadoras do Saia Justa: única novidade são as integrantes do programa| Foto: Divulgação/GNT

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Saia Justa

Canal pago GNT. Quarta-feira, às 21h30.

Mulheres inteligentes e de diferentes personalidades discutindo temas atuais e polêmicos parece uma ideia simples, mas que se transformou em programa de televisão e sobrevive no ar há 12 anos. O Saia Justa, exibido pelo canal pago GNT, já teve em seu sofá integrantes como a cantora Rita Lee e a polêmica escritora e apresentadora Fernanda Young. Ao longo dos anos, testou várias integrantes, mas sustentou sempre a mesma configuração de debate/falação. Quando o canal anunciou, no final do ano passado, um novo Saia Justa, logo se imaginou que os quadros seriam totalmente repensados. Não foi o que aconteceu.

Além de ter tirado do ar a apresentadora principal que levou a ideia ao canal, a jornalista Mônica Waldvogel (que declarou em entrevistas na época estar em uma espécie de luto por sua exclusão), o GNT não inovou em praticamente nada. Somente substituiu Mônica por Astrid Fontenelle e mudou as participantes: entraram a jornalista Barbara Gancia e as atrizes Maria Ribeiro e Mônica Martelli.

Aliás, nem nisso o Saia se renovou, pois, nesses anos, quase sempre contou com o "combo" jornalistas e atrizes, e raramente trouxe profissionais de outras áreas. De qualquer forma, o simples fato de serem pessoas diferentes promove automaticamente novas visões, o que enriquece o programa. Parece também que a emissora buscou perfis que se comuniquem com os espectadores de uma maneira mais popular. Isso ela conseguiu, principalmente pelas atuações de Barbara Gancia (que tem um perfil bastante descontraído e engraçado) e de Maria Ribeiro, que não tem medo de colocar no ar opiniões controversas. Ambas assumem essa postura sem ficarem caricatas.

Barbara revelou nos primeiros episódios um fato bastante pesado – o de que é alcoólatra –, e conseguiu dimensionar o tamanho do problema que estava na roda de discussão após a veiculação de uma matéria sobre o hábito crescente das mulheres de ingerir álcool.

Apesar do tom das discussões distintas da temporada anterior, o Saia Justa voltou ao antigo hábito de ter somente mulheres apresentadoras. No ano passado, o programa ousou quando instituiu um time masculino (o jornalista Xico Sá, o cantor Léo Jaime e os atores Du Moscovis e Dan Stulbach), que se revezavam a cada programa, o que permitia uma visão diferente sobre alguns temas, principalmente quando se abordavam relacionamentos amorosos.

Continuação

A forma imutável também manteve, por sorte, as excelentes reportagens de Lúcia Guimarães feitas em Nova York. Elas abordam publicações que ainda não chegaram ao Brasil e trazem entrevistas com especialistas pouco conhecidos por aqui, o que é um ponto positivo.

Em suma, o programa continua o mesmo, com opiniõ­­es um pouco mais frescas, mas que também têm prazo de validade. Talvez a emissora deva pensar em uma inovação de fato – ou em acabar com a atração de vez. GG1/2

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