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Divertics
Rede Globo. Todos os domingos, até março, depois de Temperatura Máxima e Sai do Chão, às 15h40.
Uma mistura de humor de improviso e graça inteligente é o que se vê na maioria das esquetes que vão ao ar nos domingos à tarde, no programa Divertics, da Rede Globo. E a atração que veio "cobrir as férias" do adorado Esquenta tem agradado.
A graça toda está em não se enquadrar em nenhum tipo de comédia padrão com que o público já está acostumado. Não é o humor repetitivo e cheio de bordões de um Zorra Total, que, aliás, não consegue tirar um mísero sorriso nem da mais alegre das criaturas. Nem vai pelo caminho apelativo, das piadas que evocam o sexo e as vertentes lascivas exageradas como única possibilidade de graça.
Com um foco de bastidores, os cenários são montados quase que na frente do telespectador, que aos poucos vai entendendo a onda de cada personagem e o propósito da cena. A ideia do humor está na simplicidade, na graça criativa e absurda, como a de uma médica que, quando escuta a palavra sangue, desmaia, e só retoma a consciência com o grito de samba do Neguinho da Beija-Flor. Ou de uma esquete que mostra a rebelião dos bonecos figurantes, revoltados com as cenas que são obrigados a fazer em novelas e filmes.
Curiosamente, as montagens que não funcionam por serem exageradas ou teatrais demais para a telinha são aquelas em que o diretor da atração, Jorge Fernando, aparece. Os naturalmente engraçados Luiz Fernando Guimarães, Maria Clara Gueiros e Leandro Hassum mandam melhor e fazem jus à redação final de Claudio Torres Gonzaga. Um salve especial a Rafael Infante, do canal de internet Porta dos Fundos, que consegue ser engraçado sem qualquer esforço.
Com 18 episódios previstos, o programa deve ser transmitido até o começo de março. Enquanto Regina Casé não volta, vale dar uma espiada, ignorar as piadas mais fracas e dar uma chance à esquete seguinte, que pode render alguma diversão em um domingo de preguiça.
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