Na internet
Confira os links para os textos citados na coluna.
Psychology Today
The New York Times
http://www.nytimes.com/2013/05/05/opinion/sunday/a-focus-on-distraction.html
http://www.nytimes.com/2010/06/07/technology/07brain.html?pagewanted=all&_r=0
National Public Radio
http://www.npr.org/2013/05/10/182861382/the-myth-of-multitasking
"Menino Lendo", de 1863, quadro pintado por Eastman Johnson (1824-1906).
Você pode se vangloriar de ter uma concentração fora do comum, de conseguir ler um livro exigente com a televisão ligada, de responder mensagens caminhando na rua e de trabalhar conectado ao Facebook. Mas não é bem assim que as coisas funcionam.
Sabe-se relativamente pouco sobre o cérebro e, com frequência, publica-se resultados de pesquisas que desbancam estudos anteriores e esse é um ciclo sem fim. Pesquisadores em departamentos de Psicologia de universidades americanas se esforçam, por exemplo, para entender se uma pessoa é de fato capaz de fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo o que chamam de multitasking.
A resposta é sim para um porcentual pequeno de pessoas. O fato é que a maioria não consegue. O que o cérebro faz, de acordo com artigo publicado na revista Psychology Today, é alternar entre uma tarefa e outra, afetando a atenção, a concentração e a memória.
E uma das conclusões do estudo é que os multitaskers, os que conseguem se dedicar a tarefas simultâneas, são capazes de ignorar mais, ou de exercer "controle cognitivo". Eles não vivem a ansiedade da próxima mensagem, não questionam as decisões que tomam e lidam com as consequências eles estão ocupados com metas e resultados.
Você pode até treinar seu cérebro para ignorar distrações, mas outras pesquisas, comentadas no jornal The New York Times, mostram que até isso tem um preço. É possível se concentrar numa leitura mesmo estando num ambiente barulhento, mas você gasta energia fazendo isso.
É como se o cérebro recebesse todas as informações (a respeito do livro, da televisão, das pessoas conversando ao redor) e separasse aquilo que você quer (o livro) e descartasse o que não quer (a televisão, as pessoas).
Se fosse possível ler num ambiente silencioso, sobraria mais energia para o cérebro dedicar apenas ao livro. E tem mais: o fato de conseguir ler com barulho (ou de trabalhar enquanto passeia por redes sociais) não significa que você consegue ler (ou trabalhar) direito. Pesquisas mostram que o resultado mais comum quando você divide a atenção entre várias ações é que todas elas sofrem.Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.
Menos é mais? Como são as experiências de jornada 4×3 em outros países
Banco americano rebaixa Brasil e sobe classificação das ações da Argentina
Ministro da Defesa diz que investigação vai acabar com suspeitas sobre Forças Armadas
Janja “causa” e leva oposição a pedir regras de conduta para primeiras-damas