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No meio dos problemas financeiros do Paraná, da possibilidade de greve e da derrota para o Atlético-GO na última rodada, a aprovação na mudança do estatuto na sexta-feira acabou passando sem muito destaque para os torcedores. Não deveria. Um direito muito importante pode ter sido conquistado pelos fãs paranistas, o que representa uma esperança de mudança. O direito ao voto.

Poucas vezes eu aproveitei esse nobre espaço para dar a minha opinião, mas, para os que têm um pouco de memória, podem lembrar que já reivindiquei por aqui uma democracia paranista. Era um absurdo os torcedores que pagam mensalmente não poderem decidir quem serão os dirigentes. Isso mudou agora, com os sócios-olímpicos e sócios-torcedores transformando-se em uma categoria única.

Sinceramente, como essa mudança dependia de uma assembleia em que só os olímpicos votavam, eu não acreditava que seria aceita. Afinal, quem ia querer dividir o poder com muitas pessoas que não querem nem saber de piscinas, bolão e afins? Porém, o que se viu é uma parte que nem se dignou a votar e outra que mostrou estar interessada no bem do clube como um todo, incluindo uma gestão mais profissional, também prevista no novo estatuto.

É muito importante ressaltar que a tal fusão dos dois planos de sócios não é bem assim. Na prática o que se fez foi acabar com os sócios-torcedores, com toda a turma da arquibancada tendo de migrar para o olímpico, pagando mais e podendo frequentar o clube social, o estádio e votar após três meses de associado.

Estava parecendo muito bom para ser verdade mesmo só dar o direito a voto para a geral.

Tomara que os sócios-torcedores não desistam de pagar por causa desse aumento de valor de, no mínimo, R$ 80 para R$ 100, e a maioria faça a transferência, tornando-se a massa dos votantes. Isso pode fazer o clube avançar a partir das urnas, o que passa, para tristeza justamente da turma das piscinas, pela eleição de um candidato que acabe com o social.

É inadmissível que, com tantos problemas, o presidente do Paraná perca um minuto sequer com qualquer coisa que não seja o futebol profissional e da base enquanto estiver a serviço do clube.

Ainda há dúvidas se a venda da sede da Kennedy é possível. Se não for, ela tem que no mínimo ser arrendada, com os funcionários deixando de ser do Paraná. Não faz sentido os dirigentes tricolores ficarem se preocupando em fazer estacionamento no local enquanto famílias de jogadores e funcionários da bola sofrem com o atraso de salários.

O Tricolor tem a sua importância fundamental na cidade e no estado por ser um clube de futebol – mesmo que os outros esportes, jantar de casais e até o famoso Baile do Havaí tenham esporadicamente entrado na vida da associação.

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