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Foi o tempo de uma gestação. Exatamente nove meses após sua última apresentação na capital paranaense – a banda tocou em Curitiba no festival Brasil Clube, em março, ao lado da dupla de hip-hop Helião & Negra Li –, o CPM 22 volta à cidade para o deleite de sua numerosa legião de fãs locais. O quarteto paulistano será uma das atrações da primeira e mais roqueira noite do Eletro Acústico Brasil 2005, evento que tem início hoje, na Pedreira Paulo Leminski, e segue até o domingo.

Quinta banda a subir ao palco nesta noite – antes apresentam-se a curitibana Sugar Kane, a gaúcha Cachorro Grande, as cariocas Tihuana e Detonautas e, completando a escalação, a capixaba Dead Fish –, o CPM 22 traz ao festival o show de seu mais recente álbum, Felicidade Instantânea, lançado em abril. "Acho que este é o show mais longo que já fizemos. São 25 músicas ao todo, sendo que pelos menos 13 são do último disco", adianta o baterista Japinha, em entrevista ao Caderno G.

Isso significa que os mais recentes sucessos, como "Um Minuto para o Fim do Mundo" e "Irreversível", devem ser cantados em uníssono, ao lado de faixas como "Dias Atrás", "Não Sei Viver sem Ter Você" e "Regina Let’s Go" (hits mais antigos, porém sempre solicitados pelo público da banda). Segundo Japinha, o grupo ainda interpreta um clássico de uma de suas maiores influências. "Ultimamente temos tocado ‘The KKK Took My Baby Away’, dos Ramones", revela o baterista.

Com a marca de 100 mil cópias vendidas, Felicidade Instantânea, é, de acordo com Japinha, mais um grande passo na trajetória do CPM 22, que segue o preceito de assumir sua escolha pelo mainstream, sem deixar que a sonoridade perca a essência underground. "Nunca quisemos ser punks. Optamos por uma grande gravadora para projetar nosso trabalho ao grande público, mas nossas raízes estarão sempre no underground", explica. (Leia mais sobre o festival Eletro Acústico 2005 à página 2).

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