Teatro
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De hoje até domingo, a capital paranaense recebe o Festival Internacional de Hip Hop (FIH2) e se torna palco de grandes performances de artistas nacionais e internacionais dedicados à dança urbana. Em sua 13.ª edição, o evento realizado no Teatro Positivo tem mostras competitivas, apresentações livres e oficinas de dança (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
Criado pelo coreógrafo curitibano Octávio Nassur, o festival surgiu com a iniciativa de estabelecer um espaço dedicado ao desenvolvimento do hip-hop. O ritmo era geralmente deslocado de outros eventos de dança, que o igualavam a outros gêneros, como o balé clássico e o jazz. Em 2002, a primeira edição reuniu cerca de 700 bailarinos na Ópera de Arame. Este ano, a expectativa é de que sejam mais de 1,6 mil artistas brasileiros e internacionais.
Um dos objetivos do FIH2, segundo o organizador, é criar um mercado para os bailarinos urbanos no Brasil, e desvincular o estilo de uma imagem marginalizada. "As pessoas pensam o hip-hop como se fosse restrito às periferias e aos projetos assistencialistas, mas trata-se de um gênero com muito potencial de mercado", contrapõe Nassur. No palco, o público poderá assistir a cerca de 90 apresentações de cinco minutos cada, que traçam um panorama do que acontece no hip-hop continente afora.
"Para o público, é interessante ver esse trabalho refinado dos dançarinos do país.
Eles ensaiam o ano inteiro para estar aqui", afirma Nassur. Para ajudar os visitantes a se orientarem no evento, a organização criou um aplicativo com a programação completa, que pode ser baixado gratuitamente na App Store e no Google Play.
Atrações
Além das apresentações principais, o evento também terá performances de artistas locais. Uma delas foi coordenada pela coreógrafa Patrícia Machado: ela entregará ao público fones de ouvido com uma narração da história de dançarinos paranaenses, que se movimentarão ao vivo, de acordo com a gravação. A ação é programada para ocorrer antes das mostras, no saguão do Teatro Positivo.
Para o diretor da companhia de dança Street Extreme, ganhadora da categoria sênior (para maiores de 16 anos) do FIH2 do ano passado, a ocasião é uma oportunidade rara de encontrar trabalhos de alto nível dos profissionais regionais. "Curitiba é um dos maiores polos do país quando se trata de hip-hop. Precisamos dar valor aos grupos daqui", comenta o bailarino, que, em agosto, vai representar o Brasil com seu grupo no mundial dedicado ao estilo em Las Vegas, nos Estados Unidos.