Exposições
Confira esta e outras atrações no Guia da Gazeta do Povo.
Em 1958, o Brasil chegava a sua segunda final da Copa do Mundo. Para enfrentar os anfitriões suecos, como a seleção já usava a mítica camisa "canarinho" (da mesma cor do uniforme adversário), nosso "escrete" se viu obrigado a mudar de roupa.
O chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, teve a ideia de comprar metros de fazenda azul "da cor do manto de Nossa Senhora Aparecida". Sua intenção era que a bênção da padroeira anulasse influências negativas que a troca poderia provocar nos supersticiosos atletas brasileiros.
A camisa original usada pelo lateral Djalma Santos (falecido no ano passado) na conquista do primeiro de nossos cinco títulos faz parte do acervo da exposição BRASIL um País um Mundo, inaugurada ontem à noite, em uma cerimônia para convidados, que contou com a presença dos campeões mundiais Cafu, Carlos Alberto Torres e Clodoaldo (leia mais no caderno de Esportes). A mostra está aberta ao público em geral a partir de hoje, no Memorial de Curitiba (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
Para a curadora Ana Gonçalves, a camisa azul e sua história são a melhor expressão da mostra idealizada para analisar a história da formação da sociedade brasileira por meio da relação do povo com o futebol. "Não é uma exposição sobre a história do esporte, mas para mostrar como o futebol permeia nossas relações culturais e serve de elemento de formação da identidade nacional", explica.
Memorabília
No acervo da mostra que vai passar por todas as cidades-sede até o inicio da Copa do Mundo em julho estão relíquias dos primórdios do futebol profissional, nos anos 1930, até os dias atuais.
São camisas usadas em jogos de Copas do Mundo, campeonatos oficiais e jogos amistosos, troféus, medalhas, bolas e chuteiras raras.
Há, por exemplo, o par de chuteiras usadas pelo artilheiro Ademir Menezes na Copa de 1950 e a camisa vestida por Tostão para receber a medalha de campeão em 1970.
Há também fotos, vídeos e instalações interativas que mostram a evolução do esporte e da sociedade brasileira em vários campos, como moda, tecnologia e cultura.
A maior parte do material pertence ao paulistano Paulo Gini, reconhecido pela FIFA como o maior colecionador de memorabília de futebol do mundo.
Confira vídeo sobre a exposição:
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