Bloco do Boi do Norte agita as ruas de Antonina| Foto: Walter Alves/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Em uma das casas no Centro de Antonina pendia um cartaz de cartolina, escrito à caneta e um pouco borrado por causa da chuva: "Pegue aqui a sua fantasia para o Bloco do Boi do Norte". Isso foi na sexta-feira, dia da abertura oficial do carnaval da cidade do Litoral. Eu nunca tinha visto um desfile de bloco folcórico. No meu pouco experiente vocabulário "carnavalístico", desfile de Carnaval é sempre de... escola de samba. E, nesse caso, não seria bem assim.

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Cheguei na hora marcada e encontrei o galpão de fantasias improvisado. Me entregaram uma saia amarela com lantejoulas, uma blusa laranjada, um chapéu colorido e um nariz de palhaço: eu seria uma palhaça pela próxima hora. Com o coração na mão, ouvi as primeiras batidas da música que nos acompanharia durante toda a travessia. Era o tema do Boi do Norte, cantada por Rui e Soraia Graciano, os descendentes da dupla Belarmino e Gabriela. Chegou a hora do vamos-ver.

Todo o percurso passou em um segundo. No meio do caminho, gotas geladas de chuva caíram ao mesmo tempo em que a bateria esquentou. A partir daí, é só história.

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