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Paulo Biscaia: trabalho com a Vigor Mortis inspirado no Grand Guignol | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Paulo Biscaia: trabalho com a Vigor Mortis inspirado no Grand Guignol| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

A partir desta sexta-feira e até 25 de abril, o público curitibano poderá assistir a três peep shows da companhia de teatro Vigor Mortis: O Beijo no Meio da Noite, O Sistema do Dr. Betume e o inédito Laboratório Maldito. Mas peep shows não são peças de teatro prontos, mas sim fragmentos de um processo. Trata-se aqui de uma espécie de minimontagem, ou – como o próprio nome sugere – uma espiadela nesse universo cênico em construção. Os três miniespetáculos são resultado do projeto Ator Prestidigitador: o Intérprete do Grand Guignol, vencedor do Prê­­­mio Myriam Muniz da Funarte.

O prêmio deu à companhia a possibilidade de reservar um tempo à pesquisa e ao aprofundamento das técnicas de Grand Guignol, um desejo antigo dos membros do grupo e do diretor, Paulo Biscaia Filho. "Com este prêmio da Fu­­­narte, pudemos pela primeira vez pesquisar e depois ir para as montagens", destaca o diretor. Durante o processo de pesquisa o elenco fez oficinas internas de coreografia de luta e também de ilusionismo – habilidades necessárias ao entendimento e desenvolvimento da linguagem.

A Vigor Mortis começou o de­­­sen­­­­volvimento de trabalhos baseados nas técnicas de Grand Guig­­nol há 13 anos, mas as experiências sempre eram pontuais, ou seja, sempre aplicadas diretamente a alguma montagem.

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