PARTICIPE
A mostra "Na Companhia de....", organizada pela Companhia Brasileira de Teatro, apresenta uma peça, três oficinas, leituras e encontros com artistas, de 1.º a 10 de abril, na sede da companhia (R. José Bonifácio, 135, Largo da Ordem). Anote na agenda:
Leitura de textos inéditos
Fatia de Guerra. Direção de Roberto Alvim. Texto de Andrew Knoll. Com Juliana Galdino. Dia 6 de abril, às 18 horas.
El Líquido Táctil. Direção de Grace Passô. Texto de Daniel Veronese. Com o Grupo Espanca! Dia 7, às 18 horas.
Isso te Interessa? Direção de Marcio Abreu. Texto de Noëlle Renaude. Com a Companhia Brasileira de Teatro. Torradas, Tragédias e Geleias. Texto, direção e atuação de Bianca Ramoneda. Dia 8, às 18 horas.
Oficinas
Práticas de Ideias Teatrais
Grupo Espanca! De 1 a 3 de abril.
O Ator Autor
Thomas Quillardet. De 5 a 7 de abril.
Interpretação (ões)
Pierre Pradinas. De 8 a 10 de abril.
Encenação
Oxigênio. Direção de Marcio Abreu. Texto de Ivan Viripaev. Com Patrícia Kamis, Rodrigo Bolzan e Christian Schwartz. Dias 31 de março e 1º de abril, às 23h59; dias 2 e 3 de abril às 21h e às 23h59.
Para a classe teatral, o Festival de Curitiba representa um momento de intenso intercâmbio entre grupos. Para a Companhia Brasileira de Teatro, é um momento de mostrar o resultado das trocas que mantém ao longo do ano (leia no quadro ao lado).
A convite do grupo, o Espanca!, de Belo Horizonte, chega para ministrar a oficina "Práticas de Ideias Teatrais". Chegam também dois diretores de teatro franceses. Thomas Quillardet e Pierre Pradinas (foto) ministrarão, respectivamente, as oficinas "O Ator Autor", nos dias 5 a 7 de abril, e "Interpretação(ões)", nos dias 8 a 10 de abril.
Em 2010, a Companhia Brasileira encenou em Paris, em conjunto com a companhia de Thomas (a Jackart/Mugiscue), Distraits, Nous Vaincrons, sobre o poeta Paulo Leminski. Eram 20 pessoas em cena entre atores, músicos e técnicos, numa peça bilíngue.
Neste ano, deu-se início a uma pesquisa com os dois diretores franceses que poderá resultar em uma peça com três diretores ou três peças diferentes. Seja como for, "será nos dois idiomas, com atores binacionais. A temática envolve o universo de canções populares dos dois países e textos de viajantes, sejam colonizadores ou anônimos", contou à Gazeta do Povo Marcio Abreu, diretor, ator e dramaturgo da Companhia Brasileira de Teatro.
A estreia deve ocorrer em 2012 em Limoges, na região central da França, e depois a obra vem a Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, em data indefinida.
Thomas chega hoje ao Brasil. Pierre, que chega no dia 2 de abril, conversou por e-mail com a Gazeta do Povo sobre suas expectativas.
O que espera da participação no Festival de Curitiba?
Estou extremamente feliz de participar. Espero me encontrar coma artistas brasileiros, atores, escritores, diretores. Suspeito que nossas preocupações se encontrarão e acredito que poderei estabelecer trocas com eles, e também aprender ao ver suas criações. Será minha primeira vez no Brasil, e eu não projeto viagens senão pela ótica do relacionamento com as pessoas. O festival poderá permitir minha aproximação com uma cultura que atrai há muito tempo minha curiosidade...
Qual sua visão do teatro brasileiro, com base naquilo que já conhece?
Eu o conheço pouco. Conheço mais a música, e espero muito dessa viagem para descobrir o teatro brasileiro contemporâneo, na prática. No teatro, as peças (o texto) ou os artigos não são suficientes, porque é uma arte viva, é preciso estar lá no momento em que ocorre a encenação, encontrar as pessoas que a fazem acontecer no momento em que o fazem. É uma arte que marca um encontro com os vivos.
O que o senhor trará para ensinar aos artistas brasileiros?
Creio poder levar minha sensibilidade artística, uma contribuição, pontos de vista, técnicas... Mas o principal ensinamento é a troca, e ela só ocorre reciprocamente.
Como se dará sua colaboração com a Companhia Brasileira de Teatro?
Tenho a grandíssima sorte de ir ao Brasil a convite de Márcio Abreu, dentro da perspectiva de uma criação que nós desejamos realizar juntos, com o diretor francês Thomas Quillardet, cujo trabalho excelente eu conheço. É uma caminhada artística, não sabemos nada do que vai sair dela, mas ela se impôs por afinidade. Eu dirijo atualmente o Centro Dramático Nacional de Limousin, que será certamente parceiro de qualquer acontecimento que nasça de nossas vontades, de nossos encontros.
Toda criação colaborativa é boa ou é preciso haver regras?
Seja qual for a regra, uma colaboração é boa quando feita com respeito, vontade, e que dê resultados concretos.
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