• Carregando...
Em primeiro plano, Eliezer (esq.) e Felipe. Atrás, Natália, Rafael e Milene | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Em primeiro plano, Eliezer (esq.) e Felipe. Atrás, Natália, Rafael e Milene| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Wilson e Sarrafo usam plateia como coral

Tudo começou quando Eliezer pediu a Felipe que segurasse sua gaita enquanto ele tocava o instrumento junto com o violão. Surgia ali um show musical centrado na dupla, em que o "russo" Wilson Chevchenco cai de paraquedas no teatro e se serve do amigo Sarrafo como tradutor. Entre improvisação e participação da plateia, que é chamada a formar um coral, o espetáculo pode lembrar, na premissa, o show de André Abujamra Família Lovborgs, mas o resultado é bem diferente. A peça de 2005 tem apresentações sábado e domingo no Guairão.

Teatro

Veja este e outros espetáculos no Guia Gazeta do Povo

  • A trupe reunida na garagem de seu espaço, na Rua Amintas de Barros
  • O grupo se maquia enfileirado em poucos minutos
  • Camarim conjunto ajuda equipe a se aquecer
  • Trajetórias diferentes reuniram o grupo
  • Milene Lopes Dias, a Palhaça Sombrinha
  • Nathalia Luiz, a Palhaça Tinoca
  • Rafael Petzet Barreiros, o Palhaço Alípio
  • Eliezer Vander Brock, o Palhaço Wilson
  • Felipe Ternes de Oliveira, o Palhaço Sarrafo
  • Companhia dos Palhaços se prepara para fazer 10 anos

A nova geração de palhaços curitibanos começou a circular pelo Brasil – ultimamente, o espaço da Cia. dos Palhaços mais recebe espetáculos de outros grupos do que mostra material próprio. Graças a um patrocínio de manutenção de grupo recebido no ano passado, eles puderam levar o trabalho a outras praças.

SLIDESHOW: Veja imagens da Cia. dos Palhaços

O novo cacife da trupe formada por cinco comediantes também exige palcos maiores – e eles alcançam, nos próximos sábado e domingo, o mais prestigioso de Curitiba, o Guairão, onde fazem o espetáculo Concerto em Ri Maior, estreado em 2005 (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Para que o crescimento não seja uma mera subida em pernas de pau, a companhia, que não tem diretor, vem estabelecendo parcerias com profissionais experientes que possam dar pitacos convenientes aqui e ali.

Em 2011, Circotidiano ganhou o olhar de Roberto Innocente, italiano diretor da companhia Arte da Comédia. E em fevereiro deste ano, Pequeno Manual do Cavaleiro Andante, versão bem-humorada de Dom Quixote, teve a direção de Renato Perré e atores de sua companhia Filhos da Lua em cena.

Já em 2005, a amizade com o diretor do grupo Antropofocus, Andrei Moscheto, levou ao convite para que ele desse uma "olhada" no primeiro espetáculo da trupe, justamente o Concerto em Ri Maior. "Foi muito interessante para nós, porque ele tinha faculdade de direção, dirige um grupo... Nos orientou na colocação de cenas, por exemplo", conta Rafael Barreiros, o Palhaço Alípio.

Para consolidar a parceria, a Cia. dos Palhaços realizou ao lado do Antropofocus o espetáculo de improviso Resta 1.

A próxima investida será com o argentino Ricardo Behrens, que deve conduzir a turma em El Atolondrado, primeiro texto de Molière, com estreia em fevereiro de 2014 (aproveitando o ensejo, a Cia. dos Palhaços, na Rua Amintas de Barros, é uma das poucas casas a manter portas abertas em janeiro, quando os palcos de Curitiba ficam às moscas).

A nova escola

As origens dos integrantes da companhia são múltiplas. Rafael fazia teatro no ex-Cefet, atual UTFPR, quando se encantou pela linguagem cômica. Foi buscar oficinas de palhaço em São Paulo e formou a dupla Alípio e Sombrinha com a mulher, Milene Dias, além de encabeçar um grupo de estudos para "dividir essa ânsia de pesquisa", nas palavras de Felipe Oliveira (Sarrafo), que era malabarista e resolveu participar.

O primeiro evento foi um sarau cômico na Sociedade Ucraniana, em 2004, e serviu de convite para quem mais viesse. Ali surgiu a companhia, com a entrada de Eliezer Vander Brock (Wilson).

Eles se dividiram em duplas para os dois primeiros espetáculos: Concerto tinha em cena Felipe e Eliezer, e Circo SA, o casal de palhaços.

Nathalia Luiz, ou Palhaça Tinoca, chegou mais tarde de Lorena (SP), quando surgiram os espetáculos em grupo maior.

O espaço próprio veio em 2008 – e vem sendo bem cotado por outros grupos em busca de local para se apresentar: foi alugado oito vezes nos últimos meses.

Nesses nove anos, os Palha­ços fizeram quatro festivais com caráter social (Os Palhaços Pondo a Mesa) e três edições da Mostra Seu Nariz, que integra o Festival de Curitiba.

Cia. dos Palhaços

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]