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Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006 | Pedro Serápio - Arquivo GP
Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006| Foto: Pedro Serápio - Arquivo GP

A série Intermezzo apresenta hoje, às 19h30, o concerto Mutações – Recital de Obras de Harry Crowl, no Teatro Londrina do Memorial de Curitiba. O programa interpretado por Leilah Paiva (piano), Atli Ellerndersen (violino) e André Ehrlich (clarineta) traça um breve panorama das composições do músico mineiro Harry Crowl, radicado em Curitiba desde 1994.

Violista e violinista, Crowl compõe desde os 19 anos e sua produção diária já acumula um vasto repertório de 102 obras de diversos gêneros.

A peça mais antiga do programa desta noite é Taghai’urun, escrita em 1982, durante o período em que Crowl morou no Iraque. A composição para piano reflete o momento que o músico vivia, contratado como tradutor de inglês em um país em guerra contra o Irã. A peça traz experimentações e alia a música ocidental à árabe.

"Os árabes têm uma espécie de música clássica mais tradicional, anotada em partitura ocidental, mas também têm muitas improvisações. O que me chamou a atenção foi a métrica 17/8, absurda no Ocidente. Percebi que essa métrica está ligada à métrica da poesia, para que a prosódia funcione", conta. O músico aproveitou um antigo tema anônimo de origem árabe, encontrado em Andaluzia, na Espanha, para a composição que estreou em 1991, na cidade de Quito, no Equador.

A Sonata II foi composta em Curitiba, em 1998, e é dedicada à pianista Leilah Paiva. Apesar do título, a peça não tem relação direta com a forma clássica da sonata. O nome se deve mais ao sentido etimológico da palavra (que remete a suonare, tocar em italiano) e foi escolhido porque a composição "não faz referência a questões externas à música", explica o compositor.

Sua produção mais recente é representada por Solilóquio III, criado em 2006, na Suécia, e dedicado ao violinista Atli Ellendersen, e por Paisagem de Inverno, do mesmo ano. Esta última traz uma relação imaginária entre a tranquilidade, os sons e silêncios dos invernos sueco e curitibano.

Amanhã

Harry Crowl é professor de Música e diretor artístico da Orquestra Filarmônica da UFPR. Formada por estudantes na faixa dos 20 anos, a orquestra se apresenta amanhã, às 20h30, acompanhando os canadenses do Trio Fibonacci, no Teatro da Reitoria. Os músicos interpretarão o Concerto Tríplice, Op. 56, de Beethoven, sob a regência de Denise Mohr.

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Serviço: Mutações – Recital de Obras de Harry Crowl – Teatro Londrina (Memorial de Curitiba – Rua Claudino dos Santos, 79), (41) 3321-3263. Hoje, às 19h30. Ingressos a R$ 5. Orquestra Filarmônica da UFPR e Trio Fibonacci – Teatro da Reitoria (Rua XV de Novembro, 1.299), (41) 3360-5066. Amanhã, às 20h30. Entrada franca.

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