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O duo Talea et Alia (à esq.), o percussionista Marcio Szulak e o violonista Fábio Zanon tocam obra de Harry Crowl | Marco André Lima/ Gazeta do Povo
O duo Talea et Alia (à esq.), o percussionista Marcio Szulak e o violonista Fábio Zanon tocam obra de Harry Crowl| Foto: Marco André Lima/ Gazeta do Povo

Programação

Confira as atrações de hoje da Oficina de Música:

Recital de Canto e Teorba

Com Rodrigo del Pozo (tenor) e William Carter (teorba e guitarra barroca). Igreja Comunidade do Redentor (R. Inácio Lustosa, 309 – Centro), (41) 3223-4745. Às 12h30. Entrada franca.

Música de Câmara 1

Com Winston Ramalho (violino), Alexandre Razera (viola), Bonita Boyd (flauta), Luca Benucci (trompa) e Olga Kiun (piano). Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Às 18h30. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

Música de Câmara 2

Com Fábio Zanon (violão), Bonita Boyd (flauta), Alexandre Razera (viola), Rui Sul Gomes, Nuno Aroso e Marcio Szulak (percussão). Capela Santa Maria – Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840.Às 20h30. Palestra com Marco Aurélio Koentopp, às 19h45. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada).

Novamente, os concertos de câmara são destaque na programação artística de hoje da Oficina de Música de Curitiba. Um deles, na Capela Santa Maria, traz duas estreias curitibanas de obras contemporâneas, ambas com o violonista Fábio Zanon à frente – a peça E Que Sejam Luminárias, no Céufogoágua, de Harry Crowl, e Paisajes, Retratos y Mujeres, do cubano Leo Brouwer.

"O maestro [Osvaldo Ferreira, diretor de Música Erudita da Oficina] pediu que fizéssemos um recital em que o violão tivesse presença e que tivesse músicas de substância, que pudessem aproveitar os outros grandes professores presentes no festival", conta Zanon, que é acompanhado na obra de Crowl – uma peça concertante para violão e três percussionistas – por Nuno Aroso e Rui Sul Gomes, do duo português de percussão Talea et Alia, e por Márcio Szulak, percussionista da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP).

Escrita em homenagem a Haroldo de Campos (1929-2003), a obra se inspira em versos da tradução do autor para Gênesis.

"Na poesia judaica havia o conceito de que, no início, o céu tinha uma mistura de água e fogo. Os versos de Haroldo trazem esta ideia de elementos antagônicos, fogo e água, que estão juntos, mas não se misturam. Na obra, fogo e água são o violão e a percussão, que têm natureza sonora totalmente diferente", explica Crowl. "Escrevi usando teclados de percussão – marimba e vibrafone – como se fizessem uma espécie de expansão dos sons do violão", descreve. Escrita em 2004, a obra foi estreada por Zanon em outubro de 2013, no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG).

Já na peça de Leo Brouwer, o violonista toca ao lado da flautista americana Bonita Boyd e do violista Alexandre Razera, de São Paulo. A obra, que faz referências a Wagner e ao Renascimento, foi estreada no Brasil por Zanon em 2008 e tem sua segunda execução no país no concerto de hoje.

Bonita também executa Crónicas do Descubrimiento, do porto-riquenho Roberto Sierra, e caprichos de Paganini.

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