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Amanhã é dia de escutar música de graça no Guairinha. O conjunto Solistas Interarte faz, às 20h30, uma apresentação que mescla música erudita e sotaque brasileiro. Na primeira parte, o trio de cordas – formado por violino, viola e violoncelo – executa um repertório tradicional erudito. O solista é o pianista francês Emmanuel Strosser. Na segunda, quem toca ao lado do grupo é o brasileiro Nelson Ayres, também ao piano. E a música brasileira passa a ser o centro das atenções.

O Solistas Interarte existe desde 2002. Nos seus três anos de experiência, já rodou boa parte do país, principalmente graças a um acordo com a Petrobrás. Em homenagem aos 50 anos da empresa, o conjunto foi contratado para tocar em diversas cidades que servem de sede para os projetos de extração e refino de petróleo. Assim, o trio tocou em lugares pouco acostumados com música clássica, como a cidade de Urucu, no interior do estado do Amazonas. A turnê casou com a proposta dos integrantes do grupo de desmistificar a música clássica.

Roberto Ring, o violoncelista, costuma dizer que a mistura é saudável. "Tocamos muitos artistas populares, como Mozart, que é um dos músicos mais amados de todos os tempos", diz. "Por outro lado, tocamos Gilberto Gil e Ernesto Nazareth", acrescenta. Segundo ele, a platéia costuma gostar da variação de repertório. "Tocamos Brahms em Caicó, no Rio Grande do Norte. Ninguém do público nem sequer tinha visto um piano de calda, mas a música foi aplaudida de pé", conta.

Agora, em sua nova turnê, o repertório continua eclético. Na apresentação de Curitiba – onde o trio toca pela terceira vez –, o público ouvirá Haydn e Brahms. Mas também terá Tom Jobim, Ernesto Nazareth, Astor Piazzolla e composições do próprio Nelson Ayres, que além de solista convidado é arranjador do repertório popular do Solistas Interarte.

A formação dos músicos tem muito mais relação com a música clássica. Pablo de León, o violinista, é spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Horácio Schaefer, o violista, atende pela primeira viola da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). E o currículo do violoncelista Roberto Ring inclui atuações na Sinfônica de Campinas, na Osesp e em outras orquestras brasileiras.

Nelson Ayres – apesar de sua formação erudita, inclusive como regente de orquestras européias – é quem tem os pés mais fincados no popular. Se por um lado regeu a Filarmônica de Israel, por outro tocou e gravou com Airto Moreira, Flora Purim e Astrud Gilberto, entre outros. Com isso, credenciou-se para compor e para elaborar os arranjos do grupo.

Serviço: Solistas Interarte. Amanhã, às 20h30, no Guairinha (R. XV de Novembro, s/n.º), (41) 3315-0979. Entrada franca.

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