Saramandaia (1976), de Dias Gomes Influenciado pelo realismo fantástico, o autor criou a cidade de Bole-Bole, localizada no interior da Bahia. O ponto de partida da trama é um plebiscito para mudar o nome do lugar para Saramandaia, já que Bole-Bole é uma referência não muito feliz às aventuras sexuais de d. Pedro I na região. Entre os inúmeros personagens exóticos da novela, um em especial ficou marcado na memória dos telespectadores: João Gibão (Juca de Oliveira), que escondia um par de asas e conseguiu voar no último capítulo uma metáfora para falar sobre liberdade em meio à ditadura militar.
Que Rei Sou Eu? (1989), de Cassiano Gabus Mendes A história se passava em Avilan, um país imaginário da Europa, anos antes da Revolução Francesa de 1789. Como não poderia deixar de ser, o reino era uma sátira ao Brasil. Destaca-se, aqui, a rapidez com que o autor adaptava situações da realidade ao texto. Fatos como a mudança de nome da moeda, o escândalo da contaminação do leite e a sucessão presidencial também aconteceram na novela.
Vamp (1991), de Antonio Calmon Especialista em novelas "juvenis", Calmon fez da fictícia Armação dos Anjos, no litoral do Rio de Janeiro, o palco das peripécias de um grupo de vampiros. Misturando chanchada, suspense e rock, o folhetim também tratou de assuntos sérios, como o desequilíbrio ecológico. Outra marca da trama foram os efeitos especiais inéditos usados nas cenas em que os vampiros mostravam seus poderes sobrenaturais.
Kubanacan (2003), de Carlos Lombardi Típica "república de bananas", a ilha caribenha de Kubanacan padece de todos os problemas dos países latino-americanos: má distribuição de renda, corrupção, coronelismo, etc. Ambientada no fim dos anos 50, a novela trazia uma série de confusões amorosas, mas também boas doses de crítica política. A história começa após a passagem de um furacão, que deixa o lugar destruído e serve como pretexto para um golpe de estado planejado pelo caricato general Camacho (Humberto Martins).