Traições não costumam ser, ao menos no senso comum, motivos de piadas. Entretanto, há quem veja esses "deslizes" como mais uma das inúmeras situações com que todos, cedo ou tarde, irão se deparar.
Constatando que não se pode fugir do inevitável e seguindo a máxima do "melhor rir do que chorar", Marcos Caruso escreveu Trair e Coçar, É só Começar.
A peça, há 21 anos em cartaz, é uma comédia de costumes que conta a história de três casais e um vendedor de jóias, todos envolvidos em uma série de suspeitas de traição. A pivô de todos os problemas é a ambiciosa empregada Olímpia, que se aproveita do clima de desconfiança geral dos casais.
Com a direção de Attílio Riccó, a peça tem a proposta de simplesmente fazer rir. A falta de aprofundamento psicológico, inspirada no gênero francês vaudeville, entretanto, dá margens a outras interpretações, como a discussão sobre traição que, na verdade, não acontece e o papel da empregada no mundo doméstico.
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