Os Lanternas Verdes estão aqui para proteger o planeta Terra. E, assim que eles descobrirem como fazer isso, o mundo será um lugar melhor e mais seguro.
A DC Comics, como parte de sua nova remodelada “Renascimento”, introduziu a primeira edição dos Lanternas Verdes. O “s” ao final das palavras é importante. Há dois deles. E nenhum deles é Hal Jordan, o Lanterna mais facilmente reconhecido, ou John Stewart, famoso pelo desenho animado “Liga da Justiça”.
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Os dois Lanternas Verdes atualmente encarregados do terceiro planeta em distância do Sol são Simon Baz, um árabe-americano, e Jessica Cruz, uma latina. Nenhum deles tem sido Lanterna Verde há muito tempo e ambos ainda estão aprendendo sobre o poder do emprego turbinado pelo anel.
O escritor dos Lanternas Verdes Sam Humphries diz que novos leitores conferindo a série pela primeira vez não precisam se preocupar se não tiverem a vasta história dos quadrinhos do Lanterna Verde na memória.
“Essa é a nova geração de Lanternas Verdes. Qualquer um pode pegar esses quadrinhos e ser arrastado para um mundo de ficção científica cheio de aventuras e heroísmo”, Humphries disse em uma entrevista. “Temos dois personagens com grandes responsabilidades – proteger o planeta Terra – mas eles não sabem o que estão fazendo, e não sabem se podem confiar um no outro. Eles estão sobrecarregados – mas, cara, eles estão usando anéis do Lanterna Verde. Eles podem voar, proteger a si mesmos, criar coisas gigantes, verdes e brilhantes – ser um Lanterna Verde é demais.”
Sem romance
Jordan, considerado por muitos fãs o maior Lanterna Verde de todos, tem uma aparição chave, mas diz a Baz e Cruz que não estará lá conforme eles aprendem a se virar e a ficar calejados. Então é melhor eles sacarem como as coisas funcionam rapidamente. Ele vai até mesmo o ponto de fundir suas baterias de lanterna (os objetos que Lanternas Verdes usam para recarregar seus anéis) em uma só.
“As pessoas esquecem que Hal tem um bom senso de humor”, disse Humphries. “Fundir suas baterias em uma só os forçará a trabalhar juntos, mas também é uma metáfora, uma lição prática, a respeito de um dos mandamentos centrais da Tropa dos Lanternas Verdes: só podemos salvar o universo se trabalharmos juntos.”
Uma coisa que não se deve esperar entre esses dois Lanternas novatos: romance.
“Essa é uma histórias de parceiros policiais. Só que os dois policiais são novatos, e estão equipados com as armas mais poderosas do universo”, Humphries disse. “Isso é ‘Máquina Mortífera’ com tecnologia alienígena.”
Green Lanterns: Rebirth #1
DC Comics
Arte: Ed Benes, Ethan Van Sciver
Roteiro: Geoff Johns, Sam Humphries
Preço: US$ 2.99
Páginas: 32
Representatividade
Avultando-se por sobre esse time de Lanternas Verdes inexperientes estão os vilões, os Lanternas Vermelhos, que também portam anéis do poder. Enquanto os anéis dos Lanternas Verdes são alimentados pela sua própria vontade, Lanternas Vermelhos usam a raiva como fonte de energia para seus anéis, e estão com olhos voltados para uma Terra protegida por Lanternas Verdes que podem não estar preparados para enfrentá-los.
“Os Lanternas Vermelhos são vilões clássicos do Lanterna Verde”, Humphries disse. “Têm sua própria história, que colide com a de Jessica e Simon. E, em uma boa história, o vilão é o herói de sua própria história.”
Esse time de Lanternas Verdes também é representativo de esforços generalizados da indústria de histórias em quadrinhos em aumentar a diversidade, especialmente nos quadrinhos de super-heróis. Essa não é a primeira vez que a Tropa dos Lanternas Verdes deu as boas vindas a um Lanterna terráqueo não branco – Stewart detém essa distinção desde sua estreia décadas atrás. Mas Cruz e Baz juntos representam uma continuação dos esforços para garantir que qualquer fã de quadrinhos, não importa qual seu contexto familiar, possa ver um herói que se parece consigo.
“Sim, é algo importante”, Humphries disse a respeito de seus Lanternas Verdes árabe-americano e latina (a DC Comics confirmou que Cruz é mexicana-americana). “Representatividade importa. Ter um muçulmano e uma latina como Lanternas Verdes da Terra, como membros da Liga da Justiça – isso é importante.”
Humphries também é rápido em notar que representatividade nas páginas não é o suficiente.
“É claro que verdadeira representatividade depende da diversidade de personagens e da diversidade de criadores, e ainda não estamos lá”, disse. “No final das contas, escrevo Simon e Jessica como indivíduos. Seus contextos familiares são parte de suas vidas, mas não as características que os definem. Assim como pessoas reais, eles não falam por ninguém a não ser si mesmos.”
Coragem
Qualquer escritor elaborando histórias do universo Lanterna Verde para a DC Comics tem de lidar com a bastante longa e verde sombra do trabalho de décadas de Geoff Johns com a história desses quadrinhos. Johns introduziu o espectro emocional multicolorido – a ideia de que não há apenas Lanternas Verdes, mas lanternas de múltiplas cores com anéis do poder, cada cor conectada a uma emoção.
“[Geoff] é o artífice da mitologia moderna do Lanterna Verde e nos mantém concentrados no conceito central: a coragem sobre o medo”, Humphries disse. “Isso é tudo que você precisa entender para ler Lanternas Verdes. É pertinente para qualquer um que tenha tido de superar o medo em sua própria vida.”
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